“Proteger ‘companheiro’ corrupto é cumplicidade”, diz Zema
Governador de Minas criticou saída de apenas um ministro: "Mais de R$ 6 bilhões foram desviados do INSS e só um caiu?"

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), reagiu ao pedido de demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, após a revelação do escândalo dos descontos ilegais de aposentadorias e pensões descoberto pelas investigações da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal.
Para Zema, a saída do ministro tem por objetivo “proteger ‘companheiro’ corrupto”.
“Mais de R$ 6 bilhões foram desviados do INSS e só um ministro caiu? Mais uma vez, a corrupção mostra sua cara no governo do PT. Queremos CPI, investigação sem blindagem e cadeia pra quem roubou. Roubar aposentado é covardia. Proteger “companheiro” corrupto é cumplicidade”, publicou no X.
Pedido de Lupi
Como mostramos, Lupi ficou insatisfeito com a decisão do presidente Lula de não consultá-lo sobre a nomeação de Gilberto Waller Júnior para a presidência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) no lugar de Alessandro Stefanutto, exonerado após a deflagração da operação Sem Desconto da PF.
Além disso, o ex-ministro ficou insatisfeito com a fritura pública desencadeada pelo Palácio do Planalto ao longo desta semana.
Agora, com a demissão de Lupi, o PDT reavaliará sua permanência na base do governo Lula.
Esse assunto será discutido na semana que vem, em reunião da bancada do partido na Câmara. Hoje o PDT tem 17 parlamentares.
Essa é a segunda vez que Lupi pede demissão de um governo petista.
Durante a gestão Dilma Rousseff, quando chefiava a pasta do Trabalho em 2011, ele também sofreu com uma fritura pública.
Na época, ele foi acusado de ter acumulado, de forma ilegal, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos distintos.
Novo ministro
Em substituição a Lupi, o presidente Lula nomeou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da Previdência Social, para ser o novo titular da pasta.
Wolney Queiroz nasceu em Caruaru (PE), em 12 de dezembro de 1972.
É empresário e, assim como Lupi, filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Foi deputado federal por Pernambuco de 1995 a 1999 e de 2007 a 2023, por seis mandatos no total.
Além disso, foi vereador de Caruaru de 1993 a 1995.
Atua como secretário-executivo do Ministério da Previdência Social desde 8 de fevereiro de 2023.
Leia mais: “Carlos Lupi cai após escândalo dos descontos ilegais de aposentadorias”
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Comentários (2)
Andre Luis Dos Santos
03.05.2025 14:10Pergunta: o "atual secretário executivo da previdência social", que agora será o novo ministro da previdência, não é alguém que também já sabia há anos do esquema de roubalheira no INSS? O que vai mudar?
Marcia Elizabeth Brunetti
03.05.2025 09:43Currículo perfeito para ser aceito na quadrilha da Extrema Esquerda.