O epidemiologista britânico Adam Kucharski, professor da London School of Hygiene & Tropical Medicine, disse ao Globo ter a esperança de que haverá uma vacina contra a Covid-19 para proteger, sobretudo, os grupos de risco na primeira metade de 2021.

“Possivelmente elas vão prevenir a infecção um pouco, talvez não em todo mundo e não por longo tempo. Sendo otimista, creio que no fim deste ano ou no começo do próximo teremos vacinas que serão úteis, mas não para frear a pandemia de vez.”

Para Kucharski, “por um ou dois anos ainda teremos nossa rotina afetada, talvez bastante afetada”.

“Mesmo que a transmissão continue ocorrendo, não vamos ver tantas internações, com o impacto que elas tiveram neste ano. (…) No longo prazo, suspeito que isso acabará se tornando outro vírus global como os de resfriado comum, para o qual os idosos já têm alguma imunidade e pessoas mais jovens adquirem infecções mais amenas.”