Em parecer enviado ao STF na noite da última terça (22), a vice-PGR, Lindôra Araújo, defendeu o arquivamento da investigação sobre a participação de Fernando Haddad (foto) num suposto esquema de caixa dois em sua campanha para a prefeitura de São Paulo em 2012, informa o Estadão.

A apuração havia sido aberta pelo TRF-3 em 2015, com base num relatório do Coaf que apontava supostas movimentações financeiras atípicas. Depois, foi abastecida pela delação premiada do casal João Santana e Mônica Moura à Lava Jato —os ex-marqueteiros do PT alegaram que houve um caixa dois de R$ 50 milhões para a campanha do petista.

Depois que Haddad foi nomeado ministro da Fazenda do governo Lula (PT), o processo subiu para o Supremo. Em seu parecer, Lindôra alegou que não caberia à PGR apurar o caso, uma vez que não havia “contemporaneidade” entre a nomeação do ministro e os fatos investigados.

A vice-PGR também disse ter visto “completa inconsistência do envolvimento” de Haddad nos fatos e “inexistência de elementos informativos” capazes de justificar a investigação.