PF apreende aviões e helicópteros em megaoperação contra o tráfico de drogas
A Polícia Federal deflagrou hoje uma megaoperação no Distrito Federal e em 12 estados para desbaratar um esquema de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro...
A Polícia Federal deflagrou hoje uma megaoperação no Distrito Federal e em 12 estados para desbaratar um esquema de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
Estão sendo cumpridos 139 mandados de busca e apreensão e 50 mandados de prisão. A operação foi autorizada pela 4ª Vara Federal de Pernambuco.
Os agentes da PF estão nos seguintes estados, além do DF: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo.
A Justiça determinou a apreensão de 7 aviões, 5 helicópteros, 42 caminhões e 35 imóveis, incluindo fazendas — todos os bens ligados ao esquema criminoso.
Também foi determinado o bloqueio judicial de R$ 100 milhões.
“Quatro organizações criminosas autônomas, atuando em conexão, viabilizavam o esquema de tráfico internacional de drogas investigado na atual operação, por meio do qual toneladas de cocaína foram exportadas para a Europa via portos brasileiros, especialmente no Porto de Natal/RN”, diz a PF, em nota.
As investigações começaram em 2018.
A PF detalhou o esquema:
“A primeira célula do grupo, estabelecida em São Paulo/SP, promove reiteradamente a internação de cocaína através da fronteira do Brasil com o Paraguai, transportando-a via aérea até o estado de São Paulo e distribuindo-a no atacado para organizações criminosas estabelecidas no Brasil e na Europa.
A segunda, estabelecida em Campinas/SP, parceira da anterior, recebe a cocaína internalizada no território nacional para distribuição interna e exportação para Cabo Verde e Europa.
A terceira, estabelecida em Recife/PE, é integrada por empresários do setor de transporte de cargas, funcionários e motoristas de caminhão cooptados, e provê a logística de transporte rodoviário da droga e o armazenamento de carga até o momento de sua ocultação nos containers.
A quarta parte da organização criminosa, estabelecida na região do Braz, em São Paulo/SP, atua como banco paralelo, disponibilizando sua rede de contas bancárias (titularizadas por empresas fantasma, de fachada ou em nome de “laranjas”) para movimentação de recursos de terceiros, de origem ilícita, mediante controle de crédito/débito, cujas restituições se dão em espécie e a partir de TEDs, inclusive com compensação de movimentação havida no exterior (dólar-cabo).”
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