“Pedi um passaporte para meu pai”, diz Gilson Machado
Ex-ministro de Bolsonaro, que foi detido sob suspeita de obstrução de Justiça, nega que tenha solicitado passaporte para Mauro Cid

Detido nesta sexta-feira, 13, sob suspeita de obstrução de Justiça, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado disse a jornalistas, quando se dirigia para passar por exame de corpo de delito no IML, que não buscou passaporte para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e delator do processo da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Não, não, de jeito nenhum. Agora, é público que o Cid, ele tem uma cidadania portuguesa. Isso é público, porque, inclusive, em fevereiro, a imprensa noticiou que ele recebeu a cidadania portuguesa, em fevereiro deste ano, 2025”, disse Machado na entrada do IML no Recife.
Abordado por jornalistas, o ex-ministro se defendeu:
“Não matei, não trafiquei droga, não tive contrato com traficante, apenas pedi um passaporte para meu pai, por telefone, aqui, no Consulado Português do Recife, no qual ele foi no outro dia, ele tem 85 anos. No outro dia, eu entrei em contato, ele foi lá no consulado, juntamente com o meu irmão. E o passaporte dele, se ele não recebeu, está para receber, a renovação do passaporte português dele.”
“É só pegar as ligações”
Questionado se tem provas disso, Machado disse que “é só pegar as ligações que eu fiz pro consulado, um áudio que eu mandei pra funcionária do consulado, e a entrada dele no consulado”.
“Não estive presente em nenhum consulado, nenhuma embaixada, nem de Portugal, nem de qualquer outro lugar, nem no Brasil, nem fora do Brasil”, acrescentou.
O ex-ministro finalizou sua manifestação dizendo que “a justiça de Deus tarda, mas não falha” e que “ninguém segura com Ele”, apontando o dedo para o céu.
PGR
De acordo com representação apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) em 12 de maio, Machado esteve no Consulado de Portugal no Recife para viabilizar um passaporte para Cid.
Os integrantes da PGR também suspeitam que a campanha feita pelo ex-ministro para arrecadar dinheiro para Bolsonaro, sob o pretexto de auxiliar Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, teria sido feita para bancar uma fuga de Cid.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro se tornou protagonista do julgamento da trama golpista, como o único delator do caso.
Apesar de ter recebido alguns benefícios pela colaboração premiada, Cid é julgado junto com réus como Bolsonaro, Augusto Heleno e Walter Braga Netto por cinco crimes, entre eles o de tentativa de golpe de Estado.
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Comentários (3)
Fabio B
13.06.2025 15:45Vai tocar sanfona agora na cadeia, vagabundo!
CLAUDIO NAVES
13.06.2025 15:25Tabajaras em ação !
Roberval
13.06.2025 15:22É uma operação tabajara, atrás de outra! Bagunça total.