A antiga direção do PROS esperava receber R$ 200 milhões do presidenciável Pablo Marçal por meio de uma “vacona“, como noticiou a Folha nesta quarta-feira (3). O valor seria somado aos R$ 90 milhões do fundo eleitoral deste ano.

“Garantidos para mim são R$ 200 milhões. Ele [Pablo Marçal] disse que vai me dar lá para o partido. E esses R$ 200 milhões eu vou falar para onde é para mandar. Aí nós vamos triplicar esse valor aqui, ou quadruplicar [o valor do fundo eleitoral, de R$ 90 milhões]”, disse o então presidente da legenda, Marcus Holanda.

Os R$ 200 milhões seriam obtidos por meio de uma coleta de R$ 100 e R$ 200 que Marçal conseguiria com seus cursos motivacionais, e entre seus seguidores no Instagram (são 2,3 milhões deles).

Procurado pela Folha, Marçal negou ter feito a promessa.

O empresário e influencer já havia adiantado o assunto ao Papo Antagonista: “Vou usar até o limite da Legislação do meu próprio recurso, CPF e pedir para para as pessoas ajudarem na campanha”, afirmou em maio.

A este site, Marçal voltou novamente a tocar no assunto por meio de nota oficial:

“Reservo-me o direito de não comentar sobre assuntos de terceiros, mas no que concerne a parte em que fomos citados informo que, desde a minha filiação ao PROS tornei público que abriria mão do Fundo Eleitoral, deixando para que o partido investisse na proporcional para ultrapassar a cláusula de barreira. Dentro do limite da lei bancaremos a nossa campanha. Tudo rigorosamente conforme o que determina e permite a Justiça Eleitoral.”