A senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Jair Bolsonaro, tem sido criticada pela base de apoio do ex-presidente da República por ter faltado às manifestações realizadas no domingo, 25, na avenida Paulista.

Segundo dados da Polícia Militar de São Paulo, aproximadamente 600 mil pessoas estavam na Paulista e outras 150 mil em ruas adjacentes. Já o monitor da USP afirma que 185 mil apoiadores de Bolsonaro estavam reunidos.

Durante o ato, antigos e novos aliados do ex-presidente participaram da manifestação, entre eles os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Tereza não foi e, até o momento, também não deu justificativa para sua ausência.

“Traíra”

Nos grupos e nas redes sociais, a ex-ministra tem sido chamada de “traíra” por apoiadores do ex-presidente e sido comparada a outros ex-bolsonaristas que caíram em descrédito, como a ex-deputada Joice Hasselmann.

Nesta semana, até o presidente Lula reconheceu que seu adversário e seus aliados “fizeram uma manifestação grande” na Paulista.

A declaração foi dada em entrevista gravada à Rede TV que foi ao ar terça-feira, 27.

“Eles fizeram uma manifestação grande em São Paulo. Mesmo que não quiser acreditar, é só ver a imagem. Como as pessoas chegaram lá ‘é outros 500′”, disse Lula na entrevista.

Polarização

Já o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes, afirmou em entrevista para a GloboNews que as manifestações deste domingo, 25, confirmam que ainda há uma polarização política no país e que isso deve ser levado em consideração nas eleições municipais deste ano.

“A polarização do país é clara. E temos que tratar isso com respeito de ambos os lados. Nós tivemos ontem a maior manifestação convocada por um líder político no país. E isso foi belíssimo”, disse Côrtes.