O Brasil que cansou de Lula
Pesquisa Genial/Quaest aponta que 55% dos brasileiros consideram que o petista não merece mais uma chance como presidente em 2026, mas seu prestígio sobrevive no Nordeste
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Lula (à direita na foto) não merece uma nova chance como presidente da República em 2026. É o que acham 55% dos eleitores do Brasil, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira, 13.
De acordo com o levantamento, que ouviu 2.045 eleitores entre 2 e 6 de maio e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, 42% do país consideram que o petista merece outra chance e 7% não souberam responder ou não responderam.
As respostas a essa pergunta variam bruscamente a depender da região onde ela é feita. No Nordeste, 60% dos eleitores dariam uma nova oportunidade a Lula, contra 38%. No Sudeste, os números se invertem: 63% não querem saber de nova chance, contra 33%.
No Sul, o cenário também não é bom para Lula: 59% rejeitam uma nova eleição, e 39% apoiam. As Centro-Oeste e Norte aparecem juntas na pesquisa: 58% dos das regiões acham que o petista não merece nova chance, contra 37%. Esses números endossam as últimas pesquisas sobre baixa popularidade de Lula.
Renda e educação
Além do Nordeste, o prestígio de Lula sobrevive com maior intensidade entre os eleitores que recebem até dois salários mínimos (54% dariam nova chance, contra 43%) e na faixa de ensino fundamental (54% a 44%). Mas cai consideravelmente entre quem ganha até cinco salários mínimos (66% contrários e 29% favoráveis) e quem tem ensino superior (63% a 32%).
O petista também não merece nova chance para 23% de seus próprios eleitores no segundo turno de 2022, contra 74% que considerariam lhe dar o voto mais uma vez em 2026. Quando se trata dos eleitores de Jair Bolsonaro, quase a unanimidade (93%) não quer saber mais de Lula na cédula de votação, contra apenas 6%.
Entre os eleitores que votaram nulo ou não foram votar, 63% cansaram de ouvir falar no petista, contra 31% que dariam nova chance.
Adversários
A pesquisa Genial/Quaest também comparou o prestígio eleitoral de Lula com o de potenciais adversários. Ele tem maior potencial de voto (47%) e menor rejeição (49%) do que Bolsonaro (39% de potencial de voto e 54% de rejeição), que está inelegível.
Lula também aparece à frente do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (32% de potencial de voto e 50% de rejeição), e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (33% de potencial de voto e 50% de rejeição).
Os governadores de direita, que se destacaram em pesquisa da própria Genial/Quaest, têm poucos votos por enquanto, mas também muitos menos rejeição, por serem desconhecidos por boa parte do eleitorado.
Direita elegível
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), teria 28% dos votos hoje e apenas 30% de rejeição, mas 39% do eleitorado diz que não o conhece. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), aparece na sequência, com 21% de “votaria”, 27% de “não votaria” e 50% de “não conhece”.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), teria 16% dos votos e 25% de rejeição, mas é desconhecido por 57% dos pesquisados. Por último, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) desconhecido por 60% dos eleitores, teria 12% dos votos e 24% de rejeição.
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