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O almoço no STF para discutir as emendas parlamentares

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Wilson Lima
3 minutos de leitura 20.08.2024 13:34 comentários
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O almoço no STF para discutir as emendas parlamentares

Representantes dos Três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – estão neste momento no STF ara discutir o destino das emendas

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O almoço no STF para discutir as emendas parlamentares
Foto: Henrique Raynal/Casa Civil

Os representantes dos Três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – estão neste momento no Supremo Tribunal Federal (foto) para discutir o destino das emendas parlamentares e tentar colocar um ponto final na crise entre ministros do Supremo e deputados e senadores.

Participam do encontro os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Também estão no convescote os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) representam o Executivo.

Entre os integrantes do STF, participam da reunião o presidente do Tribunal, Luís Roberto Barroso, entre outros ministros como Dias Toffoli, Edison Fachin e Flávio Dino.

Conforme apurou O Antagonista, uma solução que está sendo gestada é o fim das emendas Pix. Em contrapartida, o governo federal toparia aumentar o quinhão destinado às emendas individuais – aquelas sugeridas pelos próprios deputados.

Outra possibilidade é que as emendas parlamentares sejam vinculadas a projetos em execução pelo Palácio do Planalto. Deputados e senadores, porém, defendem que esse tipo de método beneficia apenas o governo federal e tira o caráter ‘eleitoreiro’ das emendas parlamentares.

Quando houve a escalada da crise das emendas?

A crise entre STF e Congresso aumentou após Dino ter suspendido, liminarmente, o pagamento de todas as emendas impositivas – aquelas em que o governo federal é obrigado a pagar até o final do ano – apresentadas por deputados federais e senadores ao orçamento da União, até que o Congresso edite novos procedimentos para que a liberação dos recursos observe os requisitos de transparência, rastreabilidade e eficiência.

O Congresso recorreu ao presidente do STF para tentar sustar a determinação de Dino. Mas Barroso negou a concessão da liminar.

Antes disso, no começo de agosto, o ministro do STF determinou que seja garantida transparência e rastreabilidade nas emendas Pix. Esse mecanismo permite que deputados e senadores façam transferências diretas para estados e municípios sem definição específica do uso do dinheiro pelas prefeituras.

Em outra decisão, Dino determinou que o Controladoria-Geral da União (CGU) faça uma auditoria nas transferências especiais (as chamadas emendas Pix) em até 90 dias. Apesar disso, parlamentares do Centrão consideram a medida como uma “interferência” do STF sobre o Legislativo.

Após as decisões de Dino, o Congresso declarou guerra ao Judiciário ao tentar barrar uma medida provisória com um crédito extraordinário de 1,3 bilhão de reais que seria utilizado para a recomposição de salários no Poder Judiciário. Lira tenta atuar como bombeiro nesta situação.

Leia mais: Em defesa de Flávio Dino. Sério mesmo? 

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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