Em recente deliberação, a Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados deu um passo importante em direção à expansão das possibilidades para os microempreendedores individuais (MEI).

A decisão refere-se à aprovação de um projeto que visa permitir o exercício de qualquer profissão sob o regime MEI, desde que se obedeça às normas específicas de cada área.

Uma mudança que pode significar uma grande transformação no panorama empresarial brasileiro.

Quais são as novas regras para MEI?

O projeto, que ainda está em processo de aprovação nas demais comissões, propõe que não haja restrições de atividades para os MEIs, contanto que estas respeitem a regulamentação vigente de cada profissão.

Com isso, amplia-se enormemente o leque de atividades que podem se beneficiar do regime simplificado e tributário facilitado que o MEI proporciona.

Como fica o capital inicial permitido para MEIs?

Outra alteração significativa está relacionada ao capital social.

Pela nova proposta, o capital para atuar como MEI deve ser limitado a cinco vezes a renda bruta máxima anual, estipulada atualmente em R$ 81 mil para a maioria das atividades, permitindo aos empreendedores uma maior flexibilidade para investir e desenvolver seus negócios.

O que mudou desde a proposta original?

O projeto original passou por modificações importantes.

Foi retirada a limitação que impedia atividades de alto risco de se enquadrarem como MEI e também foram excluídas determinações sobre o modo eletrônico de cumprimento de obrigações fiscais e burocráticas, simplificando a proposta e focalizando na liberdade econômica e no limite de capital.

Quais são os próximos passos para esse projeto?

Agora que a Comissão de Indústria, Comércio e Serviços aprovou o projeto, ele seguirá para análise nas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição, Justiça e Cidadania. Se tudo correr como esperado e obtiver aprovação nessas etapas, o projeto será levado ao plenário da Câmara dos Deputados para votação final.

Esse novo avanço legislativo é mais uma evidência do contínuo esforço para adaptar as leis brasileiras às necessidades dos pequenos empresários, buscando sempre oferecer condições mais favoráveis para o crescimento e desenvolvimento dos negócios no país.

Resta, agora, acompanhar as próximas etapas e torcer para que as mudanças permitam uma maior pluralidade e flexibilidade para os empreendedores brasileiros.