O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, Arthur Maia (União-BA, ao centro na foto), foi questionado sobre a acareação entre o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres (à esquerda na foto) e o delegado da Polícia Federal Leandro Almada.

O encontro entre os dois atenderia um requerimento da relatora da comissão, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA, à direita na foto). Maia, porém, afirmou que não há sessão deliberativa prevista para as próximas duas semanas.

Em depoimento, Almada disse que se encontrou com Torres na Bahia às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A reunião seria para tratar de operações policiais em rodovias em municípios nos quais o então candidato Lula teria maioria de votos. O delegado era superintendente da PF no estado e deu as declarações em uma investigação sobre o possível uso político da Polícia Rodoviária Federal nas eleições.

Em seu depoimento à CPMI nesta terça (8), porém, Torres disse que foi ao estado a convite do superintendente para visitar uma obra da corporação e que eles falaram sobre eleições, mas não houve interferência do Ministério da Justiça nas ações da PF ou da PRF. Eliziane perguntou se ele faria uma acareação com Almada, e o ex-ministro respondeu que sim.

Maia elogiou o que chamou de disposição de Torres em falar com os parlamentares. “A CPMI pegou tração. Está com os depoimentos sequenciados, importantes. [O depoimento de Torres] foi sereno, tranquilo. Conheço o Anderson há muito tempo. Ele deu as explicações com serenidade, tranquilidade”, afirmou.

Questionado sobre acreditar nas falas do ex-ministro, porém, o presidente da CPMI disse que não pode tomar partido.