O vereador Milton Leite (União Brasil, foto) anunciou que não registrará sua candidatura para as próximas eleições, sinalizando o encerramento de sua carreira na Câmara Municipal de São Paulo. “Encerrei mesmo minha passagem pela vida pública“, afirmou Leite à Folha de S. Paulo.

O prazo para o registro de candidaturas se estende até o dia 15 de agosto, mas Leite já perdeu a data da convenção do partido, realizada no último sábado, 20.

Durante o evento, seus três principais apoiadores — Silvão e Silvinho Leite e Guilherme do Salve Periférico — registraram suas candidaturas a vereador, junto com outros nomes proeminentes da chapa municipal do União Brasil, como Luisa Mell, Nise Yamaguchi e Paulo Kogos.

União de mãos dadas com Nunes

Leite confirmou que não pretende mudar de ideia e que sua decisão de não se candidatar é definitiva. O União Brasil decidiu apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo, com um anúncio oficial esperado nos próximos dias.

Essa decisão eliminou as alternativas de Leite para as eleições, como a possibilidade de concorrer como vice de Nunes ou até mesmo lançar uma candidatura própria. O atual vice de Nunes é o coronel da reserva Ricardo Mello Araújo (PL), ex-Ceagesp.

Considerado uma das figuras mais influentes na administração municipal, Leite havia declarado em setembro de 2022 que seu atual mandato, o sétimo, seria o último. A declaração foi recebida com ceticismo tanto por aliados quanto por opositores.

“Ajudei muito a cidade, saio feliz da vida com a minha trajetória. Contribuí com projetos importantes, ajudei na aprovação de propostas que mudaram a cidade em diferentes gestões, ocupei interinamente a função de prefeito nas administrações de João Doria, Bruno Covas e Ricardo Nunes. Cumpri minha missão“, disse Leite.

Intenção de Leite em ser vice de Nunes

Em abril deste ano, Leite havia afirmado que não assumirá a prefeitura em caso de ausência do prefeito Ricardo Nunes.

Essa decisão se deu pelo fato de que Leite ficaria impossibilitado de concorrer à vice-prefeitura se assumisse a gestão paulistana.

De acordo com a Constituição, presidentes, governadores e prefeitos devem renunciar aos seus mandatos até seis meses antes das eleições para poderem concorrer a outros cargos. Sendo assim, se Leite assumisse a prefeitura de São Paulo, ele não poderia mais ser o vice de Nunes em 2024.

Apesar de deixar a vida pública, Leite continuará envolvido na política como presidente municipal do União Brasil, além de ser um dos vice-presidentes nacionais do partido. Ele planeja seguir participando da administração do partido em 2025.