O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), afirmou, nesta terça-feira, 23, que não assumirá a prefeitura em caso de ausência do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Essa decisão se dá pelo fato de que Leite ficaria impossibilitado de concorrer à vice-prefeitura se assumisse a gestão paulistana.

De acordo com a Constituição, presidentes, governadores e prefeitos devem renunciar aos seus mandatos até seis meses antes das eleições para poderem concorrer a outros cargos. Sendo assim, se Leite assumisse a prefeitura de São Paulo, ele não poderia mais ser o vice de Nunes em 2024.

Que diz Leite

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Leite, que está em campanha para o cargo de vice-prefeito, afirmou que já deixou claro que não será vereador. Ele entende a importância de participar ativamente da campanha, indo às ruas e pedindo votos ao povo. Ainda que não saiba se terá sucesso nessa empreitada, Leite enfatizou que jamais desistirá.

Existe a possibilidade de o prefeito se licenciar no mês de maio. Diante dessa situação, Leite reafirmou que não assumirá o cargo, pois há um impedimento relacionado à sua candidatura à vice-prefeitura.

No entanto, ele ressaltou que se o partido União Brasil decidir que não poderá mais disputar a vice, então ele poderá assumir a prefeitura. Durante a campanha também não haveria problemas para Leite assumir o cargo.

Quem vai ficar no lugar de Nunes?

Nunes planeja viajar para o Vaticano em maio. Caso se licencie nesse período, Leite também mantém aberta a possibilidade de concorrer ao seu oitavo mandato como vereador. Ele tem reiterado que não buscará mais um mandato para a Câmara Municipal, declaração que foi reforçada nesta terça-feira.

Além disso, o presidente da Câmara afirmou que João Jorge (MDB), vice-presidente, também deverá se licenciar, pois pretende concorrer a um novo mandato como vereador. Dessa forma, Atílio Francisco (Republicanos), segundo vice-presidente, seria o mais provável a assumir a prefeitura de São Paulo na ausência de Ricardo Nunes, enquanto Alessandro Guedes (PT) se tornaria o presidente da Câmara.