Mercado vê prisão de Bolsonaro como benéfica para a oposição
Pesquisa Genial/Quaest indica que 84% do mercado financeiro aposta que a prisão de Jair Bolsonaro fortaleceria a oposição ao governo Lula na disputa presidencial de 2026
A pesquisa Genial/Quaest que mostrou uma disparada da desconfiança do mercado em relação a Lula questionou os agentes do de fundos de investimento sobre a possibilidade de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (foto). Dos 101 gestores, economistas e traders ouvidos, 53% acham que Bolsonaro não será preso, contra 47% que apostam na prisão.
Na terça-feira, 19, Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal sob a suspeita de ter ordenado uma fraude no próprio cartão de vacinação. A PF planeja usar o caso para reforçar a tese de que o ex-presidente tramou para dar um golpe de Estado.
Sobre essa questão, a Quaest fez outra pergunta para os executivos de 84 fundos de investimento sediados no Rio de Janeiro e em São Paulo: “Caso o ex-presidente Bolsonaro seja preso, isso tende a ser mais benéfico para…”. A opção “A oposição em 2026” foi escolhida por 84%, contra os 16% que optaram por “O governo em 2026”.
Oposição
A pesquisa não se aprofunda sobre a questão, mas fica sugerido que a prisão de Bolsonaro serviria de fator aglutinador da oposição — e talvez os agentes do mercado lembrem de como a prisão de Lula foi usada pelos petistas na eleição de 2018.
Com Bolsonaro inelegível, figuram no páreo para enfrentar Lula em 2026 alguns governadores de direita. Dois deles passam a semana em Israel, de onde fazem um contraponto à posição do petista sobre o conflito com o Hamas.
Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, e São Paulo, Tarcísio de Freitas, estiveram com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na terça-feira, 19.
Quem está no jogo
Tarcísio tem sido mais discreto, tanto na viagem quanto nas movimentações políticas. O governador de São Paulo, que, ao contrário de Caiado, pode concorrer a um segundo mandato em 2026, tem desconversado desde que foi convidado por Bolsonaro para se filiar ao PL.
Já o governador de Goiás vem demonstrando muito mais disposição, e as mudanças recentes de comando em seu partido, o União Brasil, corroboram a impressão de que ele já começou a campanha de olho na sucessão presidencial de 2026.
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