O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos; foto), voltou a desconversar sobre uma hipotética mudança de partido para o PL, endossada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Não tenho previsão de sair por ora. Estou satisfeito no Republicanos e nós temos um time. A ideia por agora é cuidar desse time”, afirmou Tarcísio em entrevista na Sala São Paulo na sexta-feira, 8 de março.

“Esse time tem o Republicanos, tem o PL, tem PSD, tem PP e MDB. Tem também o Podemos. São os partidos que estão conosco e esses partidos e a gente espera ter um grande resultado no final do ano”, acrescentou.

Na quarta-feira, 6, cerimônia de entrega de moradias em Flórida Paulista, Tarcísio disse que não habia “no curto prazo” previsão para deixar o Republicanos para se filiar ao PL.

Ele também havia descrito a sua aliança interpartidária como um “time”, em declaração quase idêntica à dada na sexta.

“Não tem isso [de sair do Republicanos]. Hoje nós temos um time. Esse time tem Republicanos, tem PL, tem PSD, tem PP, MDB, Podemos. E esse time está unido e vamos trabalhar em prol desse time para que a gente tenha também no final do ano, em outubro, uma eleição municipal bem-sucedida”, afirmou o governador naquela ocasião.

Pressão de Bolsonaro

Eleito em 2022 para o governo paulista com o apoio do ex-presidente, Tarcísio de Freitas se filiou ao Republicanos em uma costura para que o partido apoiasse formalmente Bolsonaro naquela disputa presidencial. À época, o apoio da sigla ampliaria o tempo de propaganda no rádio e TV para a coligação de Bolsonaro.

Agora, no entanto, Bolsonaro tem demonstrado desconforto com a aproximação do presidente nacional do Republicanos, o deputado Marcos Pereira (SP), com o governo Lula (PT). Pereira tenta viabilizar sua candidatura na sucessão de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara no ano que vem com o aval do Palácio do Planalto.

Durante a manifestação do último dia 25 de fevereiro, convocada pelo ex-presidente, o governador paulista agradeceu publicamente Bolsonaro.

“Quem eu era? Eu não era ninguém. E o presidente [Bolsonaro] apostou em pessoas como eu, como tantos outros que surgiram e tiveram posição de destaque porque ele acreditou”, disse.