Mauro Cid, caso das joias e ministro de Lula: os processos de Gonet na PGR
Aprovado pelo Senado Federal na última semana, Paulo Gonet toma posse nesta segunda-feira, 18, como Procurador-Geral da República (PGR)...
Aprovado pelo Senado Federal na última semana, Paulo Gonet toma posse nesta segunda-feira, 18, como Procurador-Geral da República (PGR). À frente do Ministério Público Federal (MPF), o novo PGR será responsável por dar andamento a centenas de investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
No caso de Bolsonaro, Gonet vai atuar nas investigações que apuram as doações via Pix feitas ao ex-presidente. Também deve dar pareceres sobre o inquérito das milícias digitais, que envolve uma série de frentes de apuração como a das supostas fraudes no cartão de vacinação do ex-presidente e as tentativas de venda das joias sauditas. Nessa esfera, também vai se manifestar sobre a delação do ex-ajudante de ordens coronel Mauro Cid.
Já no caso envolvendo o atual ministro das Comunicações do governo do presidente Lula, Gonet vai atuar nas investigações na Operação Benesse, que apura o envolvimento de Juscelino Filho em uma suposta quadrilha responsável por fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e desvio de verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Os processos dos atos do 8 de janeiro, atualmente sob responsabilidade do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA), também passarão pela mesa do novo Procurador-Geral. Além de investigar a omissão de autoridades perante às tentativas de golpe, o grupo já apresentou 1,4 mil denúncias e também analisa a possibilidade de réus fecharem acordos de não persecução penal com o MPF.
Como será a posse de Paulo Gonet?
Paulo Gonet vai tomar posse em uma cerimônia fechada para convidados em Brasília. Autoridades como o presidente Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), confirmaram presença no evento, marcado para às 10h desta segunda.
Gonet escolheu o subprocurador Hindemburgo Chateaubriand para o cargo de vice-procurador-geral. Outros dois nomes já definidos são o do procurador Carlos Fernando Mazzoco, para chefe de gabinete, e da subprocuradora Eliana Torelly, que vai coordenar a secretaria-geral.
Como noticiamos, o novo PGR pretende deixar claro já no seu discurso de posse que vai tentar “despolitizar” o Ministério Público Federal nos dois anos em que ficará à frente da instituição. A máxima é uma resposta à atuação de Rodrigo Janot à frente do MPF. Durante as conversas que teve com seu indicado para a PGR, Lula deixou claro que gostaria que o Ministério Público não fosse utilizado para perseguir adversários do próximo PGR.
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