Mauricio Marcon e advogado batem boca na CPMI: “Eu tenho mandato, amigão”
Confusão ocorreu durante a oitiva do presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi)
O deputado federal Mauricio Marcon (Podemos-RS) e o advogado Bruno Borragine, que faz a defesa do presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), Milton Baptista de Souza Filho, protagonizaram um bate-boca nesta quinta-feira, 9, durante a oitiva do dirigente sindical na CPMI do INSS. A confusão ocorreu após o parlamentar dizer que Milton será esquecido na cadeia.
“Todos nós vamos morrer um dia. Todos. Eu estou me esforçando para ir lá para cima. Mas tem gente que rouba de acamado que, olha, vai ter que se puxar bastante. Eu quero lhe dizer [Milton] que hoje o senhor perdeu uma grande oportunidade. De vir aqui e dizer ‘olha, estou arrependido pelo que fiz. Jesus perdoou um bandido na cruz, poderia lhe perdoar também”, pontuou o deputado.
“O senhor sairia engrandecido. Mas não, ao lado tem o advogado que para respirar ele dizia ‘pode respirar agora, agora não respira. Agora responde, agora não responde’. O senhor era um leão na hora de ir lá abraçar o pessoal do governo e fazer os descontos indevidos. Mas aqui parece mais um gatinho, mais quieto, mais comedido. Vejam vocês como é a vida, ela dá voltas”.
Ele prosseguiu: “Tenho certeza: o PT vai te esquecer numa cadeia. O senhor vai ficar lá porque o senhor vai limpar a barra talvez do irmão do Lula. E aí, meu amigo, acabou o advogado caro, acabou a proteção, porque daí o senhor é a testa de ferro“.
Nesse momento, o advogado o interrompeu, pedindo “pela ordem”, e o bate-boca teve inicio. “Meu Deus do céu, o que eu falei?”, questionou Mauricio Marcon.
“Pela ordem, sim. Eu posso falar pela ordem”, rebateu o advogado. “O que eu falei de errado agora?”, perguntou o advogado.
“Eu vou falar pela ordem quantas vezes for necessário“, pontuou o advogado. “Eu tenho um mandato, amigão, eu tenho um mandato aqui“, rebateu o deputado.
A confusão prosseguiu, com o advogado dizendo podia e iria falar. “Tem uma lei federal aprovada nesta Casa. Nesta Casa. A lei federal foi aprovada nesta casa. Eu posso e vou falar”.
“Apontando o dedo para parlamentar?!”, falou Mauricio Marcon na sequência. “Está apontando o dedo para mim também”, afirmou Borragine. “Advogado caro?! Tu nem me conhece”, declarou.
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), tentou acalmar os envolvidos durante toda a confusão, mas até mesmo os deputados Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e Luiz Lima (Novo-RJ) passaram a bater boca com o advogado. Quando a confusão terminou, Viana alertou Mauricio Marcon para não se dirigir mais ao depoente.
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