Malafaia discorda de Eduardo nos EUA: “Ele tinha que voltar”
"Eu posso discordar, mas o direito de decidir é dele", disse o pastor

O pastor Silas Malafaia, responsável por organizar a manifestação bolsonarista na Praia de Copacabana no último domingo, 16, discordou da decisão de Eduardo Bolsonaro de seguir nos Estados Unidos e se licenciar do cargo de deputado federal, segundo divulgou o jornal Folha de S.Paulo.
“Acho que ele tinha que voltar. Mas, minha filha, cada um decide o que acha melhor para a sua vida. Eu posso discordar, mas o direito de decidir é dele”, disse.
Segundo o ex-líder do PL e vice-presidente da Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes, a decisão de Eduardo Bolsonaro de permanecer nos Estados Unidos e se licenciar do cargo de congressista não foi discutida com integrantes da sigla.
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Vídeo de Eduardo
Nesta terça-feira, 18, Eduardo divulgou um vídeo para dizer que vai se licenciar da Câmara e permanecer nos Estados Unidos. Ele classificou a decisão como a “mais difícil” de sua vida.
“Tornei-me deputado para representar o povo paulista no melhor interesse da minha nação. O que o ministro da Suprema Corte Alexandre de Moraes e os seus cúmplices estão tentando fazer é usar justamente o meu mandato como cabresto, como ferramenta de chantagem e coação do regime de exceção. Como instrumento para me prender e impedir que eu represente os melhores interesses para o meu país”, diz o deputado em vídeo gravado na rua nos Estados Unidos.
Ele segue no vídeo:
“Seria mais confortável ficar quieto recebendo um excelente salário e fingindo defender os paulistas e meus irmãos brasileiros do que enfrentar esse sistema covarde e desumano. Mas eu não aceitei esse chamado para ter conforto ou comodidade. Eu aceitei esse chamado para defender os valores da nossa civilização. Aceitei essa vocação como um compromisso, não só com a minha família e a minha nação, mas como uma aliança com Deus, um voto de lealdade que apenas um homem com caráter e fé pode entender.
Não irei me acovardar, não irei me submeter ao regime de exceção e os seus truques sujos. Assim sendo, da mesma forma que eu assumi o mandato parlamentar para representar a minha nação, eu abdico temporariamente dele para seguir bem representando esses milhões de irmãos de pátria que me incumbiram dessa nobre missão.“
Carreira
Em 2003, Eduardo Bolsonaro começou a carreira política registrado como ocupante de um cargo em Brasília, no gabinete da liderança do PTB de Roberto Jefferson, enquanto fazia faculdade de Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro, como revelou a BBC em 3 de outubro de 2019.
O salário era de 3.904 reais por mês, ou 13.486,65 reais mensais em valores corrigidos pela inflação. Eduardo ficou 16 meses registrado na função de assistente técnico e seu nome deixou de constar no cargo em 2004, quando surgia o Orkut, primeira rede social a fazer sucesso no Brasil. A internet ainda engatinhava, mas Eduardo já havia se especializado em compromissos à distância.
A Câmara dos Deputados ainda afirmou que os cargos de natureza especial, como aquele, “têm por finalidade a prestação de serviços de assessoramento aos órgãos da Casa, em Brasília. Desse modo, não possuem a prerrogativa de exercerem suas atividades em outra cidade além da capital federal”.
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Comentários (2)
Fabio B
18.03.2025 16:54Passarinho que come pedra sabe o que tem. Não demora e já vai estar pedindo pix pros otários manterem a vida boa dele em Miami.
Luiz Filho
18.03.2025 14:59Bananinha, fujão, kgão. Sem se acovardar e já se acovardando picou a mula para fritar hambúrguer nos EUA. A família só pensa em salvar o próprio rabo.