Lula acha “bom” polarizar com o bolsonarismo
Na semana passada, Lula afirmou que a disputa pelo comando da prefeitura de São Paulo será entre ele e Jair Bolsonaro
O presidente Lula (PT, foto) afirmou nesta terça-feira, 30, achar “bom” que tenha a polarização com candidatos que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições municipais em 2024.
“Eu acho bom que tenha polarização”, disse Lula em entrevista à rádio CBN Recife.
“Essa polarização deve acontecer nas capitais. Nas capitais deve acontecer [entre] quem é o candidato bolsonarista e quem não é o candidato bolsonarista. Em São Paulo será muito visível isso”, acrescentou.
Boulos, o avatar de Lula em São Paulo
Em 23 de janeiro, Lula afirmou que a disputa pelo comando da prefeitura da cidade de São Paulo será entre ele e Jair Bolsonaro (PL).
“Na capital de São Paulo é uma coisa muito especial. Uma confrontação direta entre o ex-presidente e o atual presidente, é entre eu (sic) e a figura“, disse o petista em entrevista à rádio Metrópole, da Bahia, sem citar o nome de Bolsonaro.
“A disputa é entre um governo que coloca o povo em primeiro lugar, para tentar resolver os problemas dele, e o governo das fake news, do desastre, que não acredita nas coisas normais que a humanidade tem que acreditar. Vai ser essa disputa que vai se dar“, completou.
Quem é mais vítima?
Além das eleições municipais, em que Lula e Bolsonaro trabalham para eleger o maior número possível de aliados, eles também disputam quem é mais vítima de perseguição.
Bolsonaro se diz perseguido, e voltou a afirmá-lo na segunda-feira, 29, quando seu filho Carlos foi alvo de operação da Polícia Federal sobre a Abin paralela. Lula o rebateu nesta terça, 30, dizendo que a situação do adversário não se compara ao que ele próprio passou na Lava Jato.
Questionado sobre as acusações de Bolsonaro, que se diz perseguido pelo governo do PT, Lula respondeu o seguinte:
“Ele falou uma grande asneira. O governo federal não manda na Polícia Federal, muito menos manda na Justiça. Você tem um processo de investigação, você tem decisão de um ministro da Suprema Corte, que mandou fazer busca e apreensão sob suspeita de utilização com má fé pela Abin, dos quais o delegado que responsável era ligado à família Bolsonaro. E a Polícia Federal foi cumprir um mandado da Justiça. Eu não vejo nenhum problema anormal, sabe, se é uma decisão judicial.“
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