Lobão, o “filho postiço” e a lavagem de dinheiro
Acusado de lavar dinheiro com obras de arte, o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão tem um suposto "filho postiço" - assim ele é chamado por delatores - que também teve uma pequena galeria apreendida pela Operação Lava Jato, informa a Crusoé...
Acusado de lavar dinheiro com obras de arte, o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão tem um suposto “filho postiço” – assim ele é chamado por delatores – que também teve uma pequena galeria apreendida pela Operação Lava Jato, informa a Crusoé.
Trata-se de Carlos Murilo Barbosa. Ele diz que conversava com o emedebista apenas sobre “livros, ideias e matérias jornalísticas” havia mais de 20 anos. Os laços, no entanto, são mais estreitos do que Barbosa quer fazer crer. E os assuntos sobre os quais conversam parecem ser de outra natureza. Barbosa é tido pelos investigadores da Lava Jato como um dos operadores de Lobão.
Suas relações com o emedebista voltaram a ser escrutinadas no final da última semana, quando ele foi alvo de buscas e apreensões pela PF. Com ele, segundo apurou Crusoé, foram encontrados nove quadros, boa parte de artistas renomados. As obras, entre elas uma de dois metros e 70 centímetros de altura, são vistas como instrumento de lavagem de dinheiro de Lobão e pessoas a ele ligadas desde 2017, quando o STF autorizou a Operação Leviatã, braço da Lava Jato que mirava um esquema de pagamento de propinas nas obras da Usina de Belo Monte. O MP o acusa de receber R$ 2,8 milhões em vantagens indevidas.
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