La Niña vai durar até quando? Veja a previsão dos especialistas
Fenômeno influencia diretamente o clima de diversas regiões, incluindo o Brasil, onde seus impactos são notáveis em diferentes partes do país.

O fenômeno climático La Niña tem sido um tópico de interesse global devido aos seus efeitos significativos nos padrões climáticos ao redor do mundo.
Caracterizado por temperaturas mais baixas do que o normal na superfície do Oceano Pacífico Equatorial, La Niña é parte do ciclo El Niño-Oscilação Sul (ENOS).
Este fenômeno influencia diretamente o clima de diversas regiões, incluindo o Brasil, onde seus impactos são notáveis em diferentes partes do país.
Recentemente, dados da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) indicaram um enfraquecimento das condições de La Niña.
A anomalia de temperatura na região Niño 3.4, que é crucial para determinar a presença do fenômeno, está atualmente na faixa de La Niña fraco.
No entanto, há sinais de que as condições podem transitar para um estado de neutralidade nas próximas semanas.
Como La Niña afeta o clima global?
Durante um evento de La Niña, as águas do Oceano Pacífico Equatorial Central e Oriental tornam-se mais frias. Essa mudança na temperatura da superfície do mar altera os padrões de vento e precipitação globalmente.
No hemisfério sul, por exemplo, o fenômeno pode resultar em chuvas mais intensas em algumas regiões e secas em outras.
Globalmente, o fenômeno climático tende a reduzir a temperatura média do planeta, embora o aquecimento global tenha mitigado esse efeito nos últimos anos.
Quais são os efeitos de La Niña no Brasil?
No Brasil, os impactos de La Niña variam conforme a região. No Sul do país, há uma tendência de redução das chuvas, o que pode levar a períodos de estiagem.
Por outro lado, o Norte e o Nordeste do Brasil costumam registrar um aumento nas precipitações, o que pode ser benéfico para a agricultura, mas também aumenta o risco de enchentes.
Além disso, o fenômeno pode influenciar as temperaturas, trazendo massas de ar frio para o Sul do Brasil e aumentando a probabilidade de ondas de calor durante o verão.

La Niña está chegando ao fim?
As previsões mais recentes sugerem que as condições de La Niña podem se tornar neutras em breve. De acordo com a NOAA, há uma probabilidade crescente de neutralidade climática nos próximos meses.
Para o trimestre de março a maio de 2025, as estimativas indicam 66% de chance de neutralidade, enquanto para o período de junho a agosto, essa probabilidade é de 60%.
Isso sugere uma transição gradual de La Niña para condições neutras, com uma pequena possibilidade de El Niño no final do ano.
O que esperar no futuro?
Embora La Niña esteja mostrando sinais de enfraquecimento, seus efeitos ainda podem ser sentidos em várias partes do mundo.
No Brasil, a expectativa é de que as condições climáticas continuem a variar conforme a transição para a neutralidade avança.
Em suma, enquanto o fenômeno climático pode estar se dissipando, a vigilância contínua é essencial para entender e mitigar seus impactos climáticos.
A transição para a neutralidade oferece uma oportunidade para ajustar estratégias de gestão de recursos hídricos e agrícolas, especialmente em regiões mais afetadas por secas ou chuvas excessivas.
Fonte: MetSul Meteorologia
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