Justiça mantém prisão de deputado estadual suspeito de ligação com o CV
TH Joias passou por audiência de custódia nesta quinta, 4; Ele é acusado de ligação com a facção Comando Vermelho
O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) manteve a prisão preventiva do deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias (foto), do MDB, após ele passar por audiência de custódia no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio.
Na mesma decisão, que integra uma lista enviada ao Órgão Especial do TJRJ, também tiveram a prisão mantida o assessor Luiz Eduardo Gonçalves, o Dudu, e o traficante Gabriel Dias de Oliveira, conhecido como Índio do Lixão.
TH Joias foi preso em uma operação conjunta das polícias Federal e Civil, além do Ministério Público, por envolvimento com a facção Comando Vermelho (CV). Ele e seus assessores são investigados por lavagem de dinheiro.
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Operação Zargun
Em ação conjunta com o Ministério Público e a Polícia do Rio de Janeiro, a PF deflagrou na quarta, 3, a Operação Zargun para desarticular uma organização criminosa ligada à cúpula do Comando Vermelho.
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região ordenou o sequestro de bens e valores dos investigados, totalizando 40 milhões de reais, “além do afastamento de agentes públicos, suspensão de atividades de empresas utilizadas para lavagem de dinheiro e transferência emergencial de lideranças da facção para presídios federais de segurança máxima”.
Segundo a PF, as investigações identificaram “um esquema de corrupção envolvendo a liderança da facção no Complexo do Alemão e agentes políticos e públicos, incluindo um delegado da PF, policiais militares, ex-secretário municipal e estadual e um deputado estadual empossado em 2024”.
“A organização infiltrava-se na administração pública para garantir impunidade e acesso a informações sigilosas, além de importar armas do Paraguai e equipamentos antidrone da China, revendidos até para facções rivais”, afirmou a PF em nota.
“A operação integra os esforços da Operação Redentor 2, voltada à implementação das diretrizes do STF no âmbito da ADPF 635, com foco na ampliação dos recursos humanos e materiais destinados ao combate à criminalidade violenta no estado do Rio de Janeiro”, continuou.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de armas e drogas, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
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