Humberto Costa entra com pedido de investigação contra PL
Senador alega que, de acordo com relatório da Polícia Federal, a sigla sofreu uma “instrumentalização”
O senador Humberto Costa (PT-PE) decidiu enviar uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) na qual pede a abertura de uma investigação contra o Partido Liberal (PL). Nesta quinta-feira, 8, o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, que apura a existência de uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente filiado ao PL, também está entre os alvos.
Humberto alega que, de acordo com relatório da Polícia Federal, a sigla sofreu uma “instrumentalização” durante as eleições de 2022 para financiar uma estrutura de apoio à invalidação da vitória de Lula nas urnas.
“Estou enviando representação ao PGR para que abra investigação sobre a participação do PL em tentativa de golpe e abolição violenta do Estado democrático de Direito. Se comprovada a atuação, vou requerer a cassação do registro do partido por envolvimento em atividade criminosa”, registrou Humberto nas redes sociais.
Na representação enviada à PGR, o senador petista pede ainda uma análise “com profundidade e lupa” nas contas do partido, “pois os recursos do fundo partidário, em tese, podem ter sido desviados para o custeio e financiamento indevido dos atos antidemocráticos, com o objetivo ilícito de invalidar a eleição presidencial”.
Tanto endereços ligados a Valdemar quanto a sede do PL foram alvo de mandados de busca e apreensão. O presidente da sigla foi detido em flagrante, em Brasília, por posse irregular de arma de fogo.
No total, 33 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares que incluem a proibição de manter contato com outros investigados.
As medidas incluem a proibição de se ausentar do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas, e a suspensão do exercício de funções públicas. Jair Bolsonaro é um dos que entregou o passaporte, segundo o advogado do ex-presidente, Paulo Bueno.
O despacho das ações foi assinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
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