Governo brasileiro “deplora” plano de Israel para controlar Cidade de Gaza
Operação militar na maior cidade da Faixa de Gaza foi aprovada pelo Gabinete de Segurança israelense
O governo brasileiro divulgou uma nota oficial em que afirma “deplorar” o plano do governo israelense de assumir o controle da Cidade de Gaza. Para o Ministério das Relações Exteriores, a decisão deve “agravar a catastrófica situação humanitária da população civil palestina”.
O comunicado também pede a “retirada completa e imediata das tropas israelenses” da região e um “cessar-fogo permanente, da libertação de todos os reféns e da entrada desimpedida de ajuda humanitária”.
A nota foi divulgada no sábado, 9, em meio a críticas contra a ampliação das operações militares em Gaza.
Na última sexta-feira, 8, o Gabinete de Segurança de Israel aprovou um plano para tomar o controle da Cidade de Gaza, uma área densamente povoada no norte da Faixa. A operação, que ainda depende de uma invasão terrestre prevista para o próximo mês.
O plano de Benjamin Netanyahu gerou fortes reações internacionais.
Cerca de 20 países, entre eles Egito, Arábia Saudita e Turquia, condenaram a medida como “uma flagrante violação do direito internacional” e uma tentativa de “consolidar a ocupação ilegal” da área.
A Alemanha chegou a anunciar a suspensão temporária da aprovação de exportações militares para Israel que possam ser usadas na Faixa de Gaza.
Plano contraria alerta militar
Como mostramos, o plano contraria os alertas das Forças de Defesa de Israel (FDI). Os militares temem que a operação possa colocar as vidas dos reféns restantes em risco.
Por maioria de votos, o Gabinete de Segurança decidiu adotar cinco princípios para a conclusão da guerra em Gaza: o desarmamento do Hamas, o retorno de todos os reféns – os vivos e os mortos, a desmilitarização da Faixa de Gaza, controle de segurança israelense na Faixa de Gaza e o estabelecimento de uma administração civil alternativa que não seja nem o Hamas, nem a Autoridade Palestina.
Netanyahu afirmou que, durante a operação, haverá distribuição de ajuda humanitária às populações civis fora das zonas de combate.
Pressão internacional
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu a reconsideração da ofensiva e a libertação imediata dos reféns.
“Um cessar-fogo é necessário agora”, disse, destacando a urgência do acesso irrestrito de ajuda humanitária a Gaza.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, também rejeitou o plano.
“A decisão do governo israelense de intensificar ainda mais sua ofensiva em Gaza está errada, e pedimos que reconsidere imediatamente. A cada dia a crise humanitária em Gaza piora e os reféns feitos pelo Hamas estão sendo mantidos em condições terríveis e desumanas. Precisamos de um cessar-fogo agora”, afirmou.
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Comentários (1)
CLAUDIO NAVES
10.08.2025 10:42O governo do PT é a favor do Hamas grupo terrorista , Israel se não dominar Gaza não sobrevive , mas é forte e vai conseguir aniquilar o Hamas é conquistará a paz finalmente!