Foragido da Justiça, presidente do Instituto Voto Legal critica PGR em rede social
Carlos Rocha foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal a 7 anos e 6 meses de prisão na ação penal do golpe
O presidente do Instituto Voto Legal, Carlos César Moretzsohn Rocha, que está foragido após ser condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 7 anos e 6 meses de prisão na ação penal do golpe, utilizou o LinkedIn na segunda-feira, 29, para criticar o posicionamento do procurador-geral da República, Paulo Gonet, no processo.
“O PGR fez uma avaliação muito positiva do nosso relatório técnico e da minha qualificação profissional na acusação ao Núcleo 1. Em absoluta contradição, o mesmo PGR afirmou exatamente o contrário na acusação ao Núcleo 4“, comentou o engenheiro, na rede social.
Ainda ontem no LinkedIn, Rocha agradeceu a duas pessoas que manifestaram apoio a ele diante da condenação. O engenheiro foi condenado pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada, no julgamento da ação penal que apurou a atuação do “núcleo 4” na suposta tentativa de golpe de Estado ocorrida no Brasil entre 2022 e 2023.
Ele passou a ser considerado foragido no sábado, 27, pela Polícia Federal (PF). Agentes estiveram em seu endereço em São Paulo para cumprir mandado de prisão domiciliar no âmbito da ação penal do golpe, mas não o encontraram no local.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Rocha produziu e divulgou um relatório técnico que serviu de base para ações do Partido Liberal (PL) que buscavam anular votos e atacar o processo eleitoral.
A defesa, porém, afirma que o trabalho do Instituto tinha caráter técnico e de auditoria, sem intenção de deslegitimar as urnas eletrônicas. Os argumentos não foram aceitos pelo STF.
Os advogados de Rocha confirmaram que o cliente mudou de endereço e não informou sua nova localização.
“Ao tentar contato com Carlos Rocha, ele nos telefonou, informou que havia mudado de endereço, não declinou o novo e encerrou a chamada. Informamos o fato à agente da Polícia Federal”, disseram os defensores Melillo Dinis do Nascimento e Gladys Nascimento.
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