ENTREVISTA: Diretor-geral da OMC fala sobre renúncia e analisa efeitos da pandemia na globalização ENTREVISTA: Diretor-geral da OMC fala sobre renúncia e analisa efeitos da pandemia na globalização
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17.05.2020

ENTREVISTA: Diretor-geral da OMC fala sobre renúncia e analisa efeitos da pandemia na globalização

Em entrevista exclusiva a O Antagonista, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo, comenta as razões de sua renúncia antecipada, após quase dois mandatos consecutivos no comando da organização. Ele também analisa o movimento crescente de contestação a organismos multilaterais e o efeito da pandemia no comércio internacional e nas relações diplomáticas...

Em entrevista exclusiva a O Antagonista, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo, comenta as razões de sua renúncia antecipada, após quase dois mandatos consecutivos no comando da organização. Ele também analisa o movimento crescente de contestação a organismos multilaterais e o efeito da pandemia no comércio internacional e nas relações diplomáticas.

“Eu sabia que muitos iam pensar que estou saindo porque é um momento difícil ou que não deveria estar saindo. Mas se eu ficar, não vou estar ajudando. É muito gratificante, mas também muito desgastante.”

Segundo Azevêdo, a pandemia da Covid-19 está acelerando um processo de “mudanças estruturais que já vinha acontecendo”. “As tensões na classe média, a mudança do tipo de emprego, o desemprego em massa em áreas em que a tecnologia vem tomando conta. Isso é a base, inclusive, de fenômenos eleitorais. A pandemia está tornando isso mais visível e acelerando alguns processos. Essas transformações são estruturais e vão continuar. Eu sair agora ou daqui a um ano, não vai fazer a menor diferença.”

Para o diplomata, “boa parte dos empregos perdidos na atual crise não voltará ou voltará com outras características”. As tensões sociais causadas por isso repercutem nacionalmente, mas também no plano internacional.

“Essas tensões criaram um movimento político de contestação do sistema, do que quer que esteja em vigor. A mesma lógica se aplica ao multilateralismo. Muitos acham que é preciso mudar. O chefe de um organismo internacional que tenha juízo pode até não concordar, mas não pode ignorar essa contestações. Se você não ouve, não tem como dar resposta, qualquer que seja. Se não reagir, a tendência é ser atropelado”, afirma Azevêdo, que ficou conhecido pela capacidade de buscar consensos.

Assista a íntegra:

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Em entrevista exclusiva a O Antagonista, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo, comenta as razões de sua renúncia antecipada, após quase dois mandatos consecutivos no comando da organização. Ele também analisa o movimento crescente de contestação a organismos multilaterais e o efeito da pandemia no comércio internacional e nas relações diplomáticas...

Em entrevista exclusiva a O Antagonista, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo, comenta as razões de sua renúncia antecipada, após quase dois mandatos consecutivos no comando da organização. Ele também analisa o movimento crescente de contestação a organismos multilaterais e o efeito da pandemia no comércio internacional e nas relações diplomáticas.

“Eu sabia que muitos iam pensar que estou saindo porque é um momento difícil ou que não deveria estar saindo. Mas se eu ficar, não vou estar ajudando. É muito gratificante, mas também muito desgastante.”

Segundo Azevêdo, a pandemia da Covid-19 está acelerando um processo de “mudanças estruturais que já vinha acontecendo”. “As tensões na classe média, a mudança do tipo de emprego, o desemprego em massa em áreas em que a tecnologia vem tomando conta. Isso é a base, inclusive, de fenômenos eleitorais. A pandemia está tornando isso mais visível e acelerando alguns processos. Essas transformações são estruturais e vão continuar. Eu sair agora ou daqui a um ano, não vai fazer a menor diferença.”

Para o diplomata, “boa parte dos empregos perdidos na atual crise não voltará ou voltará com outras características”. As tensões sociais causadas por isso repercutem nacionalmente, mas também no plano internacional.

“Essas tensões criaram um movimento político de contestação do sistema, do que quer que esteja em vigor. A mesma lógica se aplica ao multilateralismo. Muitos acham que é preciso mudar. O chefe de um organismo internacional que tenha juízo pode até não concordar, mas não pode ignorar essa contestações. Se você não ouve, não tem como dar resposta, qualquer que seja. Se não reagir, a tendência é ser atropelado”, afirma Azevêdo, que ficou conhecido pela capacidade de buscar consensos.

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