“Enquanto isso, os ladrões de colarinho branco são anistiados”
"O País vive uma situação de não normalidade", reclamou o senador e ex-vice-presidente da República Hamilton Mourão
Vice-presidente de Jair Bolsonaro, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS, foto) reclamou na manhã desta quinta-feira, 8, da Operação Tempus Veritatis, que mira o ex-presidente da República e seu entorno por tentativa de golpe de Estado. Mourão não é alvo da operação.
“O País vive uma situação de não normalidade. Inquéritos eternos buscam ‘pelo em ovo’, atacando, sob a justificativa de uma pretensa tentativa de golpe de estado, a honra e a integridade de Chefes Militares que dedicaram toda uma vida ao Brasil. Enquanto isso, os ladrões de colarinho branco são anistiados e a bandidagem comum aterroriza a população que vive sob o signo da total insegurança”, publicou Mourão em seu perfil no X, ex-Twitter.
Mourão se refere à anulação de condenações e à suspensão de multas no âmbito da Operação Lava Jato, que também contaram com a colaboração de Bolsonaro.
“Política no STF”
Filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também reclamou da operação e disse que “a política do Brasil hoje é feita no Supremo Tribunal Federal”. Já o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), disse que o “regime instalado no país” está tentando “exterminar politicamente os seus opositores“. Essas foram apenas algumas das reações dos aliados de Bolsonaro.
Deflagrada nesta manhã, a Operação Tempus Veritatis apura uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção de Bolsonaro no poder, na descrição dos investigadores.
Os agentes cumprem quatro mandados de prisão, entre eles o de Filipe G. Martins, ex-assessor de assuntos internacionais de Bolsonaro, e Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
Também são alvo da operação Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, o general Augusto Heleno, o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente em 2022, todos aliados de Bolsonaro (PL).
O próprio Bolsonaro recebeu um ordem, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, para entregar seu passaporte em 24 horas.
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