Em live nas redes sociais nesta quinta-feira (27), com a presença do presidente do BNDES, Gustavo Montezano (foto), Jair Bolsonaro atacou as gestões do PT no banco público, reciclando escândalos conhecidos.

Atrás do ex-presidiário Lula em todas as pesquisas sobre a eleição presidencial deste ano, Bolsonaro afirmou que a eleição do petista seria “um crime” e acrescentou que “está no DNA do PT fazer essas besteiras”.

Durante a live, Montezano repetiu a história de que o BNDES emprestou R$ 3,6 bilhões para Cuba e obteve charutos como garantia, num negócio que ocorrido em 2010. “Se não pagasse, o governo brasileiro iria lá em Cuba penhorar a venda de charuto”, afirmou o presidente do banco.

Bolsonaro e Montezano também citaram empréstimos concedidos à JBS, que teria usado a verba para financiar campanhas eleitorais. “Foram fantásticos em obras fora do Brasil, em especial ditaduras”, disse o presidente —que admitiu, porém, não ter aberto a “caixa-preta” do banco, como prometera na campanha de 2018.

“Vai acontecer o que aconteceu no passado, não vai ser diferente. O que tem de informações aqui eu não tenho prova, né, que está tudo pronto [para] o futuro possível governo do Lula. Muitos desses atores vão retornar. E vão voltar fazendo a mesma coisa ou até pior. Acho até que se eles voltarem, vão voltar para nunca mais sair daqui”, declarou Bolsonaro na transmissão.

Durante a live, o presidente não deu um pio sobre a ordem de Alexandre de Moraes para que ele deponha nesta sexta (28) sobre o vazamento da investigação do ataque hacker ao TSE.

A incompetência extraordinária de Bolsonaro —além de seu apoio ao sufocamento da Lava Jato pela PGR— tem sido decisiva para a ressurreição política do PT e de seu bando. Mas o sociopata jamais admitirá essa culpa, assim como as outras.