E agora: a Terceira Via vai querer se unir mesmo ou era tudo teatro? E agora: a Terceira Via vai querer se unir mesmo ou era tudo teatro?
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E agora: a Terceira Via vai querer se unir mesmo ou era tudo teatro?

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Diego Amorim
4 minutos de leitura 25.11.2021 13:27 comentários
Brasil

E agora: a Terceira Via vai querer se unir mesmo ou era tudo teatro?

Com os partidos da "turma do centro" agora dando passos concretos para 2022, está chegando a hora de saber se será respeitado o compromisso, feito meses atrás, de união em torno do nome mais viável. Por enquanto, todas as pesquisas mostram que Sergio Moro, filiado ao Podemos desde o último dia 10, é o melhor colocado entre aqueles que se propõem a disputar com Lula e Jair Bolsonaro...

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Diego Amorim
4 minutos de leitura 25.11.2021 13:27 comentários 0
E agora: a Terceira Via vai querer se unir mesmo ou era tudo teatro?
Foto: Divulgação

Com os partidos da “turma do centro” agora dando passos concretos para 2022, está chegando a hora de saber se será respeitado o compromisso, feito meses atrás, de união em torno do nome mais viável.

Por enquanto, todas as pesquisas mostram que Sergio Moro, filiado ao Podemos desde o último dia 10, é o melhor colocado entre aqueles que se propõem a disputar com Lula e Jair Bolsonaro.

Mas essa constatação ainda não é suficiente para que os demais partidos da chamada Terceira Via desistam de candidaturas próprias, ainda que lideranças reconheçam, nos bastidores, com uma certa surpresa, a força eleitoral do ex-juiz logo na largada.

Vamos a cada caso:

o MDB confirmou hoje que vai lançar, na primeira quinzena de dezembro, a senadora Simone Tebet, que está em primeiro lugar em pesquisas internas para o Senado em seu estado, o Mato Grosso do Sul. O lançamento será em um evento em Brasília.

“A situação é complicada ali. O MDB é muito fragmentado. O Renan Calheiros quer uma coisa. O Eunício Oliveira quer outra. O Michel Temer tem uma terceira ideia. Como fazer a Simone chegar a 10% de intenções de voto? Acho que vão rifá-la mais uma vez lá na frente”, disse a este site, pedindo reserva, um político com experiência em eleições.

— a União Brasil sonhava em filiar Moro e agora reluta em fechar aliança com o Podemos. Em se confirmando a desistência de Luiz Henrique Mandetta, o novo partido fica sem presidenciáveis, ainda que Luciano Bivar, presidente da sigla, insista em candidatura própria.

“É ruim o Bivar ficar falando que vai ter candidato. Que candidato? O Barack Obama vai ser candidato pela União Brasil? Só dinheiro não resolve a vida de partido. O Mandetta foi inteligente ao se antecipar. O ex-ministro já havia sinalizado ao Moro que recuaria e agora ele fica mais livre para construir seu caminho no Mato Grosso do Sul e ajudar na construção da candidatura de Terceira Via. O Mandetta não deixou ser usado”, comentou um parlamentar próximo de Mandetta, também pedindo reserva.

— o PSDB está completamente perdido, diante do fiasco das suas prévias, ainda sem desfecho. A imagem do partido se arranhou ainda mais com esse episódio e muita gente de dentro não acredita em unidade depois da disputa entre João Doria e Eduardo Leite. Mandatários tucanos já admitem, nos bastidores, que não querem fazer parte de uma campanha como a de Geraldo Alckmin em 2018, que não decolou e acabou puxando muitos aliados para baixo.

— o Cidadania, que, de novo, ficou sem Luciano Huck, tem a pré-candidatura do senador Alessandro Vieira, mas cogita formar uma federação com o PSDB, a depender do resultado das prévias tucanas. Por outro lado, Moro sugere que o Podemos forme uma federação com o partido presidido por Roberto Freire, que, por enquanto, não se mostra publicamente animado com a candidatura do ex-juiz.

— enquanto isso, Gilberto Kassab, que jamais participou das conversas com a “turma do centro”, vai fazendo seu voo solo, apostando na candidatura de Rodrigo Pacheco pelo PSD e, ao mesmo tempo, trabalhando naquilo que mais interessa a ele: a construção de palanques regionais, para garantir uma importante bancada federal no ano que vem.

— o Novo, que não lançaria candidato desta vez, acabou mudando de ideia e colocando o nome do cientista político Felipe d’Avila. O dirigente do partido, Eduardo Ribeiro, tem conversado com a presidente do Podemos, Renata Abreu, mas ainda não há garantia de aliança entre os dois partidos para uma possível candidatura de Moro.

— outros partidos menores, como PV e Patriota, que também participaram das conversas da “turma do centro”, estão mais preocupados com suas pendências internas e em arrumar a casa para garantir a sobrevivência nas eleições de 2022.

Uma liderança política que se envolveu nesse processo desde o início disse o seguinte a O Antagonista:

“Os caminhos estão ficando complexos. O cara que ficou um ano falando em convergência e em compromisso em torno do melhor nome do grupo agora precisa ter humildade. A candidatura do Moro foi um impacto, ninguém pode negar ou dizer que não está vendo isso. Se cada um vai querer criar uma candidatura própria, seja lá por qual motivo for, tudo bem, mas em muitos casos isso aí vai fazer água, vai ser mico e, que não se enganem, vai diminuir as bancadas. Insistir em uma candidatura que não vai decolar é uma escolha.”

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Diego Amorim

Se formou em jornalismo pela UnB. Trabalhou no Blog do Noblat e no Correio Braziliense. Gosta da notícia e dos bastidores dela em qualquer área. Entre outros prêmios, ganhou duas vezes o Esso de Informação Econômica e duas vezes o Embratel. Está em O Antagonista desde abril de 2016, quando se juntou à equipe para a cobertura do impeachment de Dilma Rousseff. Desde então, não tem dado sossego a políticos de todos os partidos em Brasília. É chefe de redação de O Antagonista em Brasília.

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