Raquel Dodge conseguiu incluir Michel Temer no inquérito da Lava Jato que apura o pagamento de propina da Odebrecht ao PMDB, ao contrário do parecer de Rodrigo Janot. Mas até agora não apanhou tanto na imprensa peemedebista como Janot teria apanhado.

Andréia Sadi, em O Globo, diz que Temer ficou irritado com Dodge e que deve entrar com uma ação no STF, para reafirmar que presidente da República não pode, não, ser investigado enquanto exerce a função.

No meio jurídico circula, no entanto, a versão de que Dodge só fez uma manobra — ao mesmo tempo de relações públicas e diversionista –, já que Temer está terminando o mandato e poderá de qualquer forma ser investigado a partir de janeiro.

Manobra de relações públicas, porque ajuda a limpar a imagem de PGR ligada ao PMDB, e diversionista, para desviar o foco do que realmente interessa: a delação de Joesley Batista e afins, que pega MDB e o resto da torcida brasiliense.

É uma interpretação rocambolesca, claro.