Megalicitação da Secom: deputado pede nova investigação à PGR Megalicitação da Secom: deputado pede nova investigação à PGR
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Megalicitação da Secom: deputado pede nova investigação à PGR

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Wilson Lima
3 minutos de leitura 04.09.2024 15:09 comentários
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Megalicitação da Secom: deputado pede nova investigação à PGR

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República revogou o certame de R$ 197 mi após indícios de fraude

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Wilson Lima
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Megalicitação da Secom: deputado pede nova investigação à PGR
Deputado tenente Coronel Zucco (Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O deputado tenente-coronel Luciano Zucco (PL-RS) apresentou nesta terça-feira, 3, uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando novas investigações sobre a megalicitação da Secom de R$ 197 milhões para a gestão das redes sociais do governo Lula.

Como mostramos no final de semana, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) revogou o certame após indícios de fraude.

A licitação já havia sido suspensa no mês passado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O ministro relator do caso, Aroldo Cedraz, considerou que a antecipação do resultado da licitação por O Antagonista era um fato de “extrema gravidade”.

A decisão de anular o certame foi assinada na sexta-feira, 30 de agosto, pelo ministro Laércio Portela, que assumiu o cargo depois que Paulo Pimenta foi nomeado como o titular do Ministério de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.

Agora, o deputado quer obter novas informações sobre esse cancelamento definitivo da concorrência.

“Tendo em vista a gravidade dos fatos e o potencial dano ao patrimônio público, solicito que seja instaurado procedimento investigatório para apurar a regularidade do processo licitatório, desde a sua concepção até a sua anulação, e que sejam tomadas as medidas cabíveis, caso sejam constatadas irregularidades”, disse Zucco no pedido encaminhado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.

“As denúncias reveladas pelo Antagonista tiveram desdobramentos importantes. O TCU suspendeu o certame e o próprio governo desistiu da contratação das empresas. Mas isso não é o suficiente. Precisamos ir adiante, aprofundar as investigações e buscar respostas para algumas questões que permanecem sem explicação. O retorno do ministro Paulo Pimenta à Secom será importante neste sentido”, declarou o parlamentar a este portal.

Os indícios de irregularidades na megalicitação da Secom

Como mostramos, a área técnica do TCU apontou indícios de irregularidades na megalicitação após a série de reportagens de O Antagonista. No parecer, os auditores identificaram elementos que levantam a tese de que houve vazamento antecipado do certame, o que pode indicar, segundo os auditores, a possibilidade de direcionamento do procedimento licitatório.

A investigação chegou ao TCU por meio de representações instauradas por parlamentares do Novo e por integrantes da oposição como os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Rogério Marinho (PL-RN) e o deputado Gustavo Gayer (PL-MG).

O resultado da megalicitação foi antecipado por O Antagonista em 23 de abril, um dia antes de ela ter sido realizada por meio de uma mensagem cifrada no X – antigo Twitter. As quatro primeiras colocadas do certame foram justamente as adiantadas por este site: Moringa, BR Mais Comunicação, Área Comunicação e Usina Digital. A Moringa teve 91,34 pontos; a BR 91,17 pontos, a Area 89 pontos e Usina 88,16 pontos. 

Depois que o resultado foi divulgado, a Moringa e a Área Digital depois foram desqualificadas por falhas documentais.

Na época da licitação, a Secom era comandada por Paulo Pimenta (à esquerda na foto). Entretanto, de acordo com o que determina a Lei 12.232/2010, que dispõe sobre “normas gerais para licitação e contratação pela administração pública de serviços de publicidade prestados por intermédio de agências de propaganda”, mesmo diante da contratação de empresas pelo critério de “melhor técnica”, a abertura dos envelopes com as propostas deveria ocorrer apenas no dia da licitação, e não antes.

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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