Delação é “terrível”, mas “indispensável”, diz ministro do STJ
Dois anos após ser alvo da colaboração premiada de Delcídio do Amaral, que disse que Marcelo Navarro Ribeiro Dantas foi indicado por Dilma Rousseff para o STJ com o compromisso de favorecer empreiteiros como Marcelo Odebrecht, o ministro disse...
Dois anos após ser alvo da colaboração premiada de Delcídio do Amaral, que disse que Marcelo Navarro Ribeiro Dantas foi indicado por Dilma Rousseff para o STJ com o compromisso de favorecer empreiteiros como Marcelo Odebrecht, o ministro disse ao Globo que, embora “terrível”, o instrumento da delação é “indispensável”.
“As delações são um instrumento terrível. Não sou propriamente contra elas, mas não me são simpáticas porque você usa aquilo que há de pior no ser humano, o desespero, a necessidade de tentar sair de uma situação, colocando outro que participou da empreitada criminosa dele, ou não, no fogo. Mas reconheço que é um instrumento de política criminal hoje indispensável.”
E mais:
“Quando vaza uma delação, apesar de os casos serem, em sua maior parte, sigilosos, o alvo é exposto. Muitas vezes as afirmações não se comprovam. O processo finda com o delatado não sendo processado ou sendo absolvido, mas a vida dele já foi prejudicada.”
O inquérito sobre Ribeiro Dantas foi arquivado, porque a PF não encontrou provas.
Não valeram como provas os votos (felizmente vencidos) de Ribeiro Dantas a favor do HC de Marcelo Odebrecht e de Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez.
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