Cúpula da União Brasil não quer (pelo menos hoje) aliança com Moro
É fato que há um número considerável de parlamentares da União Brasil que são próximos de Sergio Moro (foto) e têm feito esforço para que o projeto presidencial do ex-juiz receba o apoio do novo partido, resultante da fusão do PSL com o DEM. Mas, pelo menos neste momento, segundo apurou O Antagonista, a cúpula da União Brasil descarta qualquer aliança com Moro...
É fato que há um número considerável de parlamentares da União Brasil que são próximos de Sergio Moro (foto) e têm feito esforço para que o projeto presidencial do ex-juiz receba o apoio do novo partido, resultante da fusão do PSL com o DEM.
Mas, pelo menos neste momento, segundo apurou O Antagonista, a cúpula da União Brasil descarta qualquer aliança com Moro.
Há uma frustração do lado da nova sigla pela escolha de Moro em se filiar ao Podemos, algo que se concretizou no último dia 10.
A União Brasil queria Moro nos seus quadros — este site revelou os detalhes dessa negociação. Agora, o partido bate o pé e diz que terá candidatura própria ao Planalto, a despeito de recentes declarações de Renata Abreu, presidente do Podemos, que vislumbra aliança.
“O que a Renata está falando é por conta dela. Nós deixamos muito claro: se o Moro quiser mudar de opinião e vir para o nosso partido, tudo bem. Se quiserem compor conosco, com o Moro na vaga de vice, também é uma proposta”, disse uma liderança da União Brasil, pedindo reserva.
Na cúpula do novo partido, que terá bom tempo de televisão e fatia generosa do fundo partidário, a avaliação que se faz é a de que Moro tomou “uma decisão errada” e optou por um partido “sem estrutura” para a campanha presidencial. A liderança da União Brasil afirmou não fazer sentido o novo partido não lançar candidato.
“Podemos ter surpresas ainda. Nome no Brasil não falta. Vamos continuar conversando com todo mundo.”
No último dia 3, evitando avaliar a possível candidatura de Moro, o deputado Luciano Bivar, que será o presidente da União Brasil, disse a O Antagonista que a sigla teria um nome para 2022: releia aqui.
O senador Eduardo Girão, do Podemos, tem alertado para o que considera os riscos de eventuais alianças no projeto ‘Moro 2022’. Ele disse a este site no último dia 11:
“O que me preocupa, volto a dizer, são eventuais alianças que possam, de alguma forma, turvar essa essência do Moro. Torço para que isso não ocorra. Ele vai precisar ter muita serenidade, porque ele estará trilhando no meio político. E o próprio partido tem posições distintas, sobretudo na Câmara. Estou confiando na firmeza dele, de que ele manterá a linha. Na política, às vezes mais é menos.”
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