Crusoé: Vitória contra o mal
Eliminação do terrorista Yahya Sinwar, do Hamas, abre oportunidade para o fim da guerra
O chefe do grupo terrorista Hamas, Yahya Sinwar, foi eliminado quando fugia em pânico dos soldados israelenses na cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza, na quarta, 16. “Ele dizia que era um leão, mas na realidade estava se escondendo em uma toca escura”, disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Na companhia de mais dois terroristas, Sinwar levava consigo dinheiro vivo, em shekels, a moeda israelense, e vestia um colete a prova de balas. Acuado pelas forças israelenses, Sinwar só pensava em salvar a si próprio. Sua eliminação representa a maior conquista de Israel na guerra contra o Hamas e abre uma oportunidade para o fim da guerra em Gaza.
A discrepância entre a imagem que Sinwar projetava para os palestinos e sua flagrante covardia é um padrão entre mentes autoritárias. Para seus seguidores fanáticos, Sinwar era um líder determinado, que falava sempre em tom de afronta e devotaria a vida ao seu objetivo principal: a destruição de Israel. Em seus discursos para os palestinos, ele frequentemente desafiava os israelenses a matá-lo. Mas, quando esse dia chegou, preferiu sair correndo.
O palestino igualou-se assim a outros sociopatas covardes. O médico argentino Che Guevara foi detido nas selvas da Bolívia com dois relógios Rolex, em 1967. Ao se entregar, ele implorou para não ser morto. “Não atire. Eu só Che Guevara. Valho mais vivo para você do que morto”, disse. O capitão Gary Prado Salmón, que comandou a operação que capturou o argentino, foi lânguido ao narrar o que sentiu quando viu seu inimigo frente a frente: “Che não tinha nada de heroico”. Sinwar também não, diz a reportagem de capa da nova edição de Crusoé, assinada por Alexandre Borges e Duda Teixeira.
Outros destaques de Crusoé
A matéria “Só agora, Humberto Martins?”, assinada por Wilson Lima, conta que a Segunda Sessão do STJ anulou uma etapa do acordo multimilionário envolvendo o Banco do Brasil e empresas que envolveram o ex-ministro Edison Lobão após o ministro admitir que seus filhos atuaram no processo.
A reportagem “Sai da frente, ONU”, de Duda Teixeira, diz que Israel voltou a se decepcionar com a organização que deveria promover a paz ao entrar no Líbano. Durante a operação terrestre contra o Hezbollah, foram encontrados túneis, trilhas, alojamentos e armamentos do grupo terrorista a poucos metros dos quartéis da Unifil (Força Interina das Nações Unidas no Líbano). Os soldados dessa missão de paz da ONU viram os terroristas preparando um ataque a Israel e não esboçaram qualquer reação.
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