O libertário Javier Milei tomou posse na Argentina há um ano, em 10 de dezembro de 2023, sob o desprezo de grande parte da imprensa mundial.

Com cabelos desgrenhados e jeito de louco — capaz de falar com um cachorro morto, gritar palavrões e fazer campanha com uma motosserra —, ele era criticado por querer acabar com o Banco Central, dolarizar a economia, legalizar a venda de órgãos humanos, combater a ideologia de gênero e liberar a posse de armas.

Um ano depois, Milei ostenta uma taxa de aprovação entre 52,8% e 58%, superior aos 46% do presidente brasileiro Lula, segundo o Paraná Pesquisas.

Seu sucesso não tem nada a ver com seu histrionismo ou com suas propostas chamativas. Essas coisas podem até render notícias alarmistas, mas não são os pontos que importam aos eleitores.

O estrondoso sucesso de Milei está diretamente relacionado ao controle da inflação, sua principal promessa de campanha e preocupação histórica dos argentinos, diz a reportagem de capa da nova edição de Crusoé, assinada por Duda Teixeira.

Outros destaques de Crusoé

Em “Como o ‘Xadrez 4D’ de Bolsonaro virou pedido de penico”, Felipe Moura Brasil mostra que o enfraquecimento de Jair Bolsonaro (PL) dá à oposição a Lula uma oportunidade de consolidar seu processo de depuração, para oferecer à sociedade uma alternativa mais digna em 2026.

A matéria “A nova missão do MBL”, assinada por Alexandre Borges, aborda a nova fase do Movimento Brasil Livre, que celebra uma década de atuação e trabalha para a criação de seu próprio partido político.

A reportagem “A retomada da guerra sem fim”, assinada por João Pedro Farah, revela como a ofensiva do grupo jihadista Tahrir al-Sham (HTS), ex-braço da Al-Qaeda, contra a ditadura de Bashar al-Assad, na Síria, bagunçou o tabuleiro geopolítico de uma guerra civil que se considerava terminada em 2016, mas agora parece interminável.

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Privilegiando o assinante de O Antagonista+Crusoé, que apoia o jornalismo independente, também reunimos nosso timaço de colunistas. Nesta edição, escrevem Leonardo Barreto, Jerônimo Teixeira, Márcio Coimbra, Ivo Patarra, Rodolfo Borges, Josias Teófilo e Alexandre Soares Silva.

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