Crusoé: A força da união
Aliança torna partidos do Centrão mais poderosos para negociar cargos e eleger candidatos

Uma nova federação partidária está a caminho no país, e desta vez a aliança é entre dois grandes partidos que integram o chamado Centrão: União Brasil e Progressistas (PP).
A União Progressista, anunciada oficialmente nesta semana e que depende ainda de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), surge do desejo das duas siglas de se tornarem ainda mais fortes para negociar cargos com o governo da ocasião e disputar eleições.
É verdade que ambas as agremiações possuem, atualmente, alas bolsonaristas e governistas, mas não se pode deixar de notar que essa divisão ideológica dentro dos partidos é secundária em relação ao perfil de ambos: tanto União como PP são fisiológicos e provavelmente comporão a base de qualquer governo que se eleger em 2026.
“São partidos que foram criados dentro desse viés de sempre participar de governo. Eles não se veem como de oposição. Então essas disputas ideológicas internas são secundárias ao objetivo maior do partido que é compor a base para ter todas as vantagens que os partidos da base possuem”, afirma o cientista político Diego Corrêa, professor da Universidade Federal do ABC.
Com uma bancada grande no Congresso Nacional, a federação União Progressista fica numa posição bastante privilegiada para participar de futuras coalizões de governo.
Na atual legislatura, terá a maior bancada da Câmara, com 109 deputados federais, e uma das maiores do Senado, com 14 senadores.
E as candidaturas da federação para as eleições proporcionais de 2026 serão bastante competitivas.
A probabilidade de aumentar o número de congressistas no próximo pleito é muito grande. Isso porque historicamente os dois partidos vão bem nas eleições proporcionais e a aliança traz algumas vantagens específicas para as legendas, que elas não teriam se disputassem isoladamente.
Entre elas, a federação terá maior tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão,…
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