Integrantes da Comissão de Educação do Senado acabam de aprovar, em votação simbólica, um convite para que Milton Ribeiro (foto) vá ao colegiado explicar o escândalo no MEC envolvendo pastores lobistas.

A ideia inicial era convocar o ministro, mas a maioria dos senadores entendeu que um convite — quando a autoridade não é obrigada a comparecer — seria suficiente.

“Se o ministro se dispõe a vir aqui esclarecer os fatos, que são graves, eu acho suficiente [o convite]”, disse, por exemplo, na sessão, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF).

A audiência com Ribeiro ficou previamente agendada para a próxima quinta-feira (31), exatamente daqui a uma semana.

Os requerimentos para convocar o ministro foram apresentados por Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Jean Paul Prates (PT-RN).

“Os fatos narrados são gravíssimos e cabe a este Parlamento, por meio da Comissão temática de Educação de sua Casa Alta, a apuração com rigor dos eventos, o que só será possível com o comparecimento pessoal do ministro em questão para prestar os devidos esclarecimentos”, escreveu Randolfe, em seu documento.

Já Jean Paul, em seu requerimento, afirmou: “O Ministério da Educação é uma pasta estratégica para o desenvolvimento nacional. Durante o governo Bolsonaro, tragicamente, a gestão do MEC vem sendo marcada por descontinuidade, incompetência, ideologização, descompromisso e tudo sugere que também por ilegalidades”.

Outras oitivas

A Comissão de Educação também aprovou, igualmente em votação simbólica, outro requerimento de autoria de Randolfe para que os demais envolvidos nas denúncias participem de oitivas no colegiado: Marcelo Ponte, presidente do FNDE e ex-chefe de gabinete de Ciro Nogueira; os pastores Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura; e os prefeitos dos municípios maranhenses de Rosário, Calvet Filho, de Anajatuba, Helder Aragão, de Centro Novo, Junior Garimpeiro, e de Bom Lugar, Marlene Miranda. Essas audiências ainda serão marcadas.