No discurso em que se apresentou como candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes indicou que escolherá uma mulher como sua companheira na disputa ao cargo, como vice-presidente. A decisão sobre o nome, no entanto, não está formada.

“A pessoa que será minha vice e que tenho certeza também trará alegria a vocês e esperança ao Brasil”, disse a apoiadores em Brasília. “Vocês conhecerão essa pessoa em poucos dias. Adianto que, conforme determinação da Miguelina [Vecchio, vice-presidente do PDT Nacional]eu adianto que se depender de mim será uma mulher.“

Os nomes favoritos são os da senadora Leila Barros (PDT-DF) e da ex-reitora da Universidade de São Paulo (USP), Suely Vilela.

Ele disse que essa será sua escolha de coração “porque eu sempre respeitei as mulheres e sempre as tive como companheiras inseparáveis em minha luta”. Ao mesmo tempo em que busca se afastar da imagem machista de Bolsonaro (que tem dificuldades com o público feminino), Ciro também tenta enterrar um trauma de 20 anos atrás, quando atrapalhou sua própria campanha ao dizer que o papel principal da sua então esposa, a atriz Patrícia Pillar, era “dormir com ele.”

Ele ainda disse que o partido – atualmente sem alianças para concorrer à eleição – deve apresentar novidades nas próximas semanas. A articulação estaria a cargo do presidente do partido, Carlos Lupi.

“Nos últimos dias, se intensificaram nossos diálogos com forças democráticas insatisfeitas com a polarização que ameaça o país”, disse Ciro. “O ritmo deve se acelerar nas próximas duas semanas. Muita coisa ainda pode acontecer. Se enganam os que pensam que o tempo da política obedece ao mesmo compasso do tic-tac normal dos relógios.”