Centenas de prisões são feitas por reconhecimento facial, mesmo sem regulamentação
Atualmente, diversos estados brasileiros utilizam a tecnologia.
O uso de tecnologia de reconhecimento facial pelo estado levanta importantes questões sobre privacidade e legalidade por conta da prisão de milhares de pessoas mesmo sem a existência de uma regulamentação sobre sua utilização.
Com 1.547 prisões registradas apenas na Bahia até o momento, o assunto é cada vez mais urgente.
Atualmente, diversos estados brasileiros utilizam o reconhecimento facial para realizar prisões.
Enquanto a Bahia lidera em número de detenções através desta tecnologia, outros estados como São Paulo, Rio de Janeiro, e Roraima também já implementaram o sistema em diversos eventos e operações policiais.
Problemas identificados com o uso do reconhecimento facial
As tecnologias de reconhecimento facial têm sido criticadas devido aos riscos de erros, especialmente devido ao viés racial que pode afetar desproporcionalmente indivíduos negros e pardos.
Além disso, a falta de legislação específica sobre o tema coloca em risco a privacidade e a segurança dos dados pessoais dos cidadãos.
Estados que não forneceram dados detalhados sobre o uso do reconhecimento facial revelam uma transparência insuficiente.
Essa ausência de clareza impede um entendimento completo do impacto dessa tecnologia na sociedade.
Regulação é essencial para o uso ético da tecnologia
A ausência de uma regulação não apenas permite o uso indiscriminado da tecnologia, mas também falha em garantir a proteção contra abusos.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), por exemplo, é um passo importante, mas ainda insuficiente para cobrir especificidades do uso governamental de biometria facial.
Discussões legislativas e futuro da tecnologia
Legisladores têm proposto projetos de lei para regular de forma mais eficaz o uso do reconhecimento facial no país, como os de autoria do deputado Coronel Armando e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Tais propostas são cruciais para assegurar que o uso desta tecnologia seja feito dentro de um contexto ético e legal, garantindo a privacidade e direitos dos cidadãos.
Contudo, a criação de uma regulamentação clara e justa é fundamental para que a tecnologia de reconhecimento facial possa ser usada de maneira responsável e eficaz, garantindo a segurança sem comprometer direitos fundamentais.
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