Cenipa divulga imagens das caixas-pretas de avião que caiu em Vinhedo
Os dois gravadores de voo foram transferidos para laboratório do Cenipa, em Brasília, na manhã deste sábado
O Cenipa divulgou imagens das duas caixas-pretas do avião da Voepass que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, na sexta-feira, 9 de agosto.
Segundo o órgão, os dois gravadores de voo foram transferidos para laboratório do Cenipa, em Brasília, pela manhã.
“Os trabalhos preliminares de preparação, extração e degravação de dados foram iniciados pelos investigadores e devem prosseguir, de maneira ininterrupta, pelas próximas horas”, diz o órgão.
A Força Aérea Brasileira (FAB) afirmou que o relatório preliminar sobre o acidente deverá ficar pronto em 30 dias.
O turboélice ATR 72-500, de matrícula PS-VPB, fazia o voo 2Z-2283 de Cascavel (PR) para o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Os 58 passageiros e os 4 tripulantes a bordo morreram. Esse é o maior desastre aéreo do país em número de vítimas desde 2007.
As causas da queda ainda estão sendo investigadas. Ivan Sant’Anna, colunista de Crusoé e analista de aviação, avalia que pode ter havido congelamento dos comandos, levando o avião a fazer o que os especialistas chamam de “parafuso chato”.
Avião era sensível a gelo, diz Voepass
O CEO da companhia aérea Voepass, Eduardo Busch, e o diretor de operações da empresa, Marcel Moura, deram uma entrevista coletiva na sexta-feira, 9 de agosto, em Ribeirão Preto (SP) sobre o acidente que matou 62 pessoas em Vinhedo, no interior paulista, nesta tarde.
Na coletiva, Busch confirmou que o modelo da aeronave era sensível a eventuais formações de gelo nas suas asas e na fuselagem.
“Situações climáticas como a de sexta-feira, em que houve a aproximação de uma frente fria, facilitam a formação de gelo”, declarou o CEO.O diretor de operações, por sua vez, não quis falar sobre as causas do acidente. “Neste momento, há muitas informações desencontradas, e qualquer declaração só alimentaria a especulação”, disse Marcel Moura.
Segundo ele, a aeronave havia passado por uma manutenção de rotina nas oficinas da Voepass em Ribeirão Preto, sede da empresa, e estava “100% operacional”.
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