“Capítulo vergonhoso”, diz líder da oposição sobre condenação de Débora
Luciano Zucco (PL-RS) voltou a defender anistia e afirmou que o STF "está aplicando penas de guerra a cidadãos comuns"

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco (PL-RS), criticou nesta sexta-feira, 25, a condenação da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos a 14 anos de prisão por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023. Ela escreveu “Perdeu, mané”, com batom, na estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), naquela ocasião.
Segundo Zucco, a condenação “representa mais um capítulo vergonhoso” numa “escalada autoritária que se instalou no Brasil”. “Trata-se de uma decisão injusta, desumana e desproporcional, que afronta os princípios mais elementares do Estado de Direito”.
O deputado diz que a cabeleireira não possui antecedentes criminais, não representa ameaça à sociedade e nunca participou de qualquer ato que configure tentativa de golpe de Estado.
“Seu único erro foi estar presente em um protesto no dia 8 de janeiro – erro esse que, mesmo se caracterizado como depredação, já foi mais do que expiado pelo tempo de prisão que ela e tantos outros já cumpriram. Muitos sequer estavam presentes no ato”, acrescenta.
Em 8 de janeiro de 2023, participantes do mesmo protesto, que pedia “intervenção militar” no Brasil, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
Nas palavras de Zucco ainda, porém, “o STF está aplicando penas de guerra a cidadãos comuns, tratando manifestantes como criminosos de alta periculosidade, enquanto fecha os olhos para os escândalos reais que corroem o país por dentro”.
O líder da oposição manifesta “integral solidariedade” a Débora e à família dela e diz que ela e seus familiares são vítimas de “perseguição política que não tem mais limites”. Além disso, afirma que a “condenação absurda” reforça a urgência e a necessidade de lutar por anistia aos presos do 8 de janeiro.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e líderes da Casa decidiram não incluir o requerimento de urgência para o projeto de lei da anistia na pauta do plenário para a próxima semana.
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Comentários (2)
Alfredo Alfredo
26.04.2025 20:20Leitura Perfeita do caso em questão . O crime é dos julgadores que estão rasgando a constituição e a liberdade de expressão .
Denise Pereira da Silva
26.04.2025 10:17Só espetáculo circense, mais nada.