Câmara aprova PEC da blindagem em 2º turno; texto vai ao Senado

24.12.2025

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Câmara aprova PEC da blindagem em 2º turno; texto vai ao Senado

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Guilherme Resck
4 minutos de leitura 16.09.2025 23:28 comentários
Brasil

Câmara aprova PEC da blindagem em 2º turno; texto vai ao Senado

Proposta prevê que a prisão e processos criminais contra parlamentares só poderão ocorrer com aval da Câmara e Senado

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Guilherme Resck
4 minutos de leitura 16.09.2025 23:28 comentários 2
Câmara aprova PEC da blindagem em 2º turno; texto vai ao Senado
Foto: Marina Ramos

A Câmara dos Deputado aprovou, na noite desta terça-feira, 16, em segundo turno de votação, Proposta de Emenda à Constituição conhecida como PEC da blindagem ou PEC das prerrogativas. Foram 344 votos a favor e 133 contrários. O texto foi aprovado na forma do substitutivo proposto pelo relator, Cláudio Cajado (PP-BA). Ele seguirá para análise do Senado Federal, após os deputados terminarem de votar destaques, que podem modificá-lo ainda.

A PEC prevê que a prisão e os processos criminais contra parlamentares só poderão ocorrer com aval da Câmara e Senado.

Segundo o texto, desde a expedição do diploma, os membros do Congresso “não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados criminalmente, sem prévia licença de sua Casa”.

A licença deverá ser deliberada pela respectiva Casa Legislativa, por votação da maioria absoluta de seus membros, em até 90 dias a contar do recebimento da ordem emanada pelo Supremo Tribunal Federal”.

Neste ponto, o substitutivo de Cajado previa que a votação mencionada deveria ser secreta, mas o Novo apresentou destaque para o plenário decidir em separado sobre a expressão “secreta” e, na análise do destaque, os congressistas a suprimiram.

Conforme a PEC, o indeferimento do pedido de licença suspende a prescrição enquanto durar o mandato do congressista.

“No caso de flagrante de crime inafiançável, os autos serão remetidos, dentro de 24 horas, à Casa respectiva, para que, pelo voto secreto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão e autorize, ou não, a formação de culpa, prossegue a proposta.

O texto ainda ressalta que os deputados e senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o STF e, a qualquer tempo, somente serão alvos de medidas cautelares de natureza pessoal ou real dele provenientes.

Além disso, diz que cabe ao STF processar e julgar originalmente, nas infrações penais comuns, o presidente da República, o vice-presidente, os membros do Congresso, os presidentes nacionais de partidos políticos com representação no Congresso, seus próprios ministros e o procurador-geral da República.

Debate sobre a PEC

Entre os parlamentares que criticaram a proposta na sessão deliberativa do plenário da Câmara nesta terça, esteve Ivan Valente (Psol-SP). “Esta votação da PEC da blindagem, somada com a anistia fajuta de amanhã e a nomeação da liderança do Eduardo Bolsonaro lá no exterior, este quinta-coluna, é golpe continuado”, iniciou o congressista.

“É sabotagem do Brasil, é quinta-coluna agindo de fora em nome do governo Trump. E digo mais: isto aqui é uma vergonha, é um escárnio com o povo brasileiro. Oitenta porcento da população esta contra isso”.

Ele prosseguiu: Não é prerrogativa, direito de voz e voto de deputado, é livrar deputado de casos de corrupção, de assassinato, de maracutaia de emenda, de pedofilia, do crime que quiser. E é mais: tira o Poder Judiciário da jogada, e entra o Congresso para dizer se vai ser aberto, quando vai ser aberto e que instituição vai julgar. É a certeza da impunidade e do corporativismo”.

Adriana Ventura (Novo-SP), por sua vez, disse que não é possível compactuar com uma ampliação do foro privilegiado, em vez de acabar com este. “Colocar presidente de partido dentro de um foro privilegiado vai na contramão de tudo que a gente quer. E votação secreta, a gente acha que é inconcebível, acrescentou.

Já Cláudio Cajado e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), discursaram favoravelmente à Proposta de Emenda à Constituição“Esta PEC, em hipótese nenhuma, trata de defender privilégios individuais. Trata-se de resguardar garantias institucionais que pertencem, na verdade, à sociedade brasileira”, disse Cajado.

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Guilherme Resck

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Comentários (2)

Fabio B

17.09.2025 07:34

Só alegria para bandidagem do congresso.


Andre Luis Dos Santos

17.09.2025 00:52

"Garantias institucionais que pertencem a sociedade brasileira ". E muita cara de pau desse sujeito, não? PQP 🤬 Um país desses não tem como progredir.


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