Bruno Dantas determina que Alvarez & Marsal revele quanto pagou a Moro
Em jogada ensaiada no Tribunal de Contas da União (TCU) contra Sergio Moro, o ministro Bruno Dantas, afilhado de Renan Calheiros, determinou que a Alvarez & Marsal revele quanto pagou ao ex-juiz depois que ele saiu da empresa, em outubro deste ano...
Em jogada ensaiada no Tribunal de Contas da União (TCU) contra Sergio Moro, o ministro Bruno Dantas, afilhado de Renan Calheiros, determinou que a Alvarez & Marsal revele quanto pagou ao ex-juiz depois que ele saiu da empresa, em outubro deste ano.
O ministro, que participou no último dia 19 do jantar organizado pelo grupo Prerrogativas em homenagem a Lula (foto), acolheu um pedido feito no começo do mês por Lucas Furtado, procurador de contas junto ao TCU conhecido no tribunal por ser um sujeito sempre pronto a ganhar os holofotes — quaisquer uns.
Furtado quer que Moro seja investigado por conflito de interesses. A consultoria em que o ex-juiz da Lava Jato foi trabalhar, depois de sair do governo de Jair Bolsonaro, é administradora judicial da recuperação do grupo Odebrecht.
No despacho de duas páginas assinado por Bruno Dantas, datado de 17 de dezembro (leia aqui a íntegra), o ministro cita que o colega Furtado requer a “apuração de prejuízos ocasionados aos cofres públicos pelas operações supostamente ilegais dos membros da Lava Jato de Curitiba e do ex-Juiz Sergio Moro, mediante práticas ilegítimas de revolving door, afetando a empresa Odebrecht S.A., e lawfare, conduzido contra pessoas investigadas nas operações efetivadas no âmbito da chamada Operação Lava Jato. (…)”.
Além de pedir que a Alvarez & Marsal apresente “toda documentação relativa ao rompimento do vínculo de prestação de serviços com o ex-juiz Sergio Moro, incluindo datas das transações e valores envolvidos”, o ministro do TCU pediu, “a título colaborativo”, o levantamento de todos os processos de recuperação judicial em que a consultoria atuou desde 2003, ou seja, no período da Lava Jato.
Moro deixou a Alvarez & Marsal para se filiar ao Podemos e concorrer à Presidência da República em 2022. No Twitter, o ex-juiz voltou a dizer que não atuou em casos de conflitos de interesses.
Essa movimentação no TCU, que ainda viria a se concretizar, já havia sido tema do artigo de Mario Sabino “Sergio Moro é um malvado”: leia (ou releia) aqui.
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