As sequelas do esvaziado Dia do Trabalhador de Lula
Cobrado publicamente por Lula (PT), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, não é recebido para uma audiência exclusiva pelo presidente desde o ato "mal convocado" de 1º de Maio em São Paulo
Cobrado publicamente por Lula (PT) pelo ato de 1º de Maio “mal convocado”, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (ao centro na foto), não é recebido pelo chefe do Palácio do Planalto para uma audiência exclusiva desde o evento esvaziado em São Paulo com o movimento sindical.
O ministro participou de 14 reuniões com Lula, mas apenas três foram só entre os dois –todas ocorreram antes do Dia do Trabalhador, publicou a Folha de S.Paulo.
Segundo o jornal, Macêdo deixou de ser consultado para pautas centrais do núcleo de governo, que ficaram restritas aos ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais.
“Aliados de Macêdo apontam que, mesmo sem reuniões exclusivas com Lula, o ministro costuma ser chamado de última hora para encontros fora da agenda, sem citarem mais detalhes”, diz o jornal.
A bronca de Lula
Como mostramos, Lula lamentou o baixo público em seu ato pelo 1º de Maio em São Paulo e cobrou publicamente Márcio Macedo, chefe da Secretaria Geral da Presidência da República.
“Eu disse para ele: ‘ô, Márcio, o ato tá mal convocado. Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”, reclamou.
Macêdo se esquiva da culpa
Pressionado pelo evento esvaziado, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência afirmou após o Dia do Trabalhador que “não é papel do governo” mobilizar atos de centrais sindicais e movimentos sociais.
“Não é papel do governo mobilizar atos das centrais sindicais ou dos movimentos sociais. Vamos continuar fazendo o nosso trabalho de participação e diálogos sociais com os movimentos e a sociedade”, disse Macêdo.
O ato de 1º de Maio
Mesmo com o evento esvaziado, o presidente Lula aproveitou para pedir votos no deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), pré-candidato à prefeitura de São Paulo.
“Eu queria dizer desse companheiro aqui: esse rapaz [Boulos], esse jovem, ele está disputando uma verdadeira guerra aqui em São Paulo. Ele está disputando com o nosso adversário nacional, ele está disputando contra o nosso adversário estadual, ele está disputando contra o nosso adversário municipal. Ele está enfrentando três adversários. Ninguém vai derrotar esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo, cada pessoa que votou no Lula, em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010 e em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo.“
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