Após governo Lula esnobar vacina, fabricante promete priorizar SUS
A decisão envolve a suspensão de contratos diretos com estados e municípios, restringindo o fornecimento da vacina na rede privada
A Takeda, empresa farmacêutica responsável pela produção da vacina contra a dengue, anunciou em comunicado oficial que dará prioridade ao atendimento dos pedidos do Ministério da Saúde no fornecimento dos imunizantes.
A decisão envolve a suspensão de contratos diretos com estados e municípios, restringindo o fornecimento da vacina na rede privada apenas para suprir a demanda das pessoas que já receberam a primeira dose e precisam completar o esquema vacinal com a segunda dose após três meses.
A medida foi tomada levando em consideração a inclusão da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS) e o aumento significativo dos casos de dengue em diversas regiões do país.
O que diz a fabricante japonesa?
“Em linha com o princípio da equidade na saúde, a Takeda está comprometida em apoiar as autoridades de saúde, portanto seus esforços estão voltados para atender a demanda do Ministério da Saúde, conforme a estratégia vacinal definida pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) que considera faixa etária e regiões para receberem a vacina. Conforme já anunciado, temos garantida a entrega de 6,6 milhões de doses para o ano de 2024 e o provisionamento de mais 9 milhões de doses para o ano de 2025. Em paralelo, estamos buscando todas as soluções possíveis para aumentar o número de doses disponíveis no país, e não mediremos esforços para isso“, diz o comunicado.
A decisão da Takeda não afetará os compromissos previamente estabelecidos com os municípios antes da incorporação da vacina contra a dengue ao SUS, ressaltou a empresa.
Segundo informações da farmacêutica, a expectativa é que o fornecimento global da vacina Qdenga atinja a marca de 100 milhões de doses por ano até 2030. Para alcançar esse objetivo, está prevista a inauguração de um novo centro internacional dedicado à produção de vacinas na Alemanha, programado para ser lançado em 2025.
Governo Lula esnobou a vacina japonesa
Em julho do ano passado, o Ministério da Saúde disse que a vacina contra a dengue produzida pelo laboratório japonês Takeda, autorizada pela Anvisa, ainda precisava de análise e que ela poderia demorar até um ano para ser incorporada ao sistema público.
O governo, em meio a recordes de casos da doença, preferiu priorizar uma vacina que estava sendo produzida pelo Instituto Butantan desde 2009. O imunizante nem sequer teve a pesquisa finalizada e pode vir a ser liberado pela Anvisa apenas em 2025.
Vacinação
A partir da próxima semana, as doses da Takeda começarão a ser distribuídas para 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde, dando início à vacinação na rede pública.
Essas cidades fazem parte de um total de 37 regiões de saúde que são consideradas endêmicas para a doença. Serão imunizadas crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos, faixa etária que apresenta maior número de hospitalizações por dengue, ficando atrás apenas dos idosos.
A dengue no Brasil
O Brasil enfrenta uma explosão de casos de dengue, levando o Distrito Federal e três estados, além do município do Rio de Janeiro, a decretarem situação de emergência em virtude da doença. Na última sexta-feira, 3, o Ministério da Saúde inaugurou o Centro de Operações de Emergência (COE) contra a dengue em Brasília.
Com informações da Agência Brasil
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