Após denúncia do Psol, ONU pede fim das escolas cívico-militares no Brasil

20.06.2025

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Após denúncia do Psol, ONU pede fim das escolas cívico-militares no Brasil

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3 minutos de leitura 10.06.2025 08:39 comentários
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Após denúncia do Psol, ONU pede fim das escolas cívico-militares no Brasil

O alerta da ONU responde a uma denúncia formal apresentada pela deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi, todos do PSol

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Após denúncia do Psol, ONU pede fim das escolas cívico-militares no Brasil
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O Comitê de Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU) fez uma recomendação ao Brasil no sentido de reverter e proibir as escolas públicas cívico-militares em todos os estados e municípios do país.

A recomendação faz parte do processo de Revisão Periódica Universal, um mecanismo de avaliação sistemática sobre a situação dos direitos humanos em países que integram a ONU, realizado a cada quatro anos e meio.

O alerta da ONU responde a uma denúncia formal apresentada pela deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi, todos do PSol.

Os parlamentares questionaram a implementação do programa de escolas cívico-militares pelo governo de São Paulo, liderado por Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos.

Recentemente, o modelo educacional cívico-militar tem se expandido em São Paulo. Em abril, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc-SP) anunciou que cem escolas passarão a adotar esse formato a partir de agosto deste ano.

A mudança foi viabilizada após uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a implementação dessas instituições, anteriormente programadas para iniciar suas atividades apenas em 2026.

Após a denúncia do PSOL, o comitê da ONU expressou sua “profunda preocupação” com a questão das escolas cívico-militares e instou o Estado brasileiro a adotar medidas eficazes para reduzir a letalidade policial, enfatizando a necessidade de abordar o racismo estrutural nas agências de segurança pública.

Entre as recomendações está a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais por agentes policiais.

Resposta do Governo

O governo do estado de São Paulo, por sua vez, defendeu que a adesão ao modelo cívico-militar nas escolas estaduais foi realizada “de forma transparente”, respeitando a autonomia das unidades escolares e o envolvimento da comunidade escolar.

A administração estadual argumentou que a participação no modelo foi completamente voluntária, envolvendo apenas aquelas escolas que manifestaram interesse, com apoio das respectivas comunidades.

Para garantir a transparência do processo, foram realizadas consultas públicas que permitiram a participação de mães, pais ou responsáveis por alunos menores de 16 anos, estudantes maiores de 16 anos e profissionais da educação.

Para que a proposta fosse aprovada, era necessário um quórum mínimo de 50% mais um dos votos válidos.

Ao todo, foram registrados mais de 106 mil votos, com 87% deles a favor da nova abordagem educacional. Notavelmente, três escolas conseguiram alcançar 100% de aprovação entre os participantes.

A gestão afirma que a proposta busca complementar as ações pedagógicas da Secretaria da Educação (Seduc), promovendo valores como civismo, dedicação, excelência e respeito entre os alunos.

Leia também: Escolas cívico-militares: solução ou paliativo?

Dino suspende julgamento sobre escolas cívico-militares em SP

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Comentários (8)

CESAR AUGUSTO DIAS MARANHAO

10.06.2025 18:35

Aqui no extremo sul da Bahia tinha uma escola municipal que tinha um grande problema de violencia, baixíssimo aproveitamento escolar. Alunos com 12 anos vendendo drogas e ameaçando professores. Um professor que começou a fazer campanha contra essa situação foi assassinado. Depois que a prefeitura a transformou em escola cívico militar a situação mudou completamente. Hoje os professores não tem mas que ter medo dos alunos.


Luís Silviano Marka

10.06.2025 18:00

A melhor resposta é acelerar e expandir o programa ao máximo. Se os PSOLentos são contra, é confirmação que se trata de algo bom, virtuoso e positivo para toda a Sociedade.


Marcia Elizabeth Brunetti

10.06.2025 17:47

Provavelmente o passo seguinte é implantar a metodologia Paulo Freire, em caráter obrigatório, nas escolas. Realmente, o Brasil um país que só vai para trás.


Emerson

10.06.2025 15:25

Por acaso são as mesmas pessoas que defendem as crias de traficantes ?


Ana Maria

10.06.2025 14:22

Inferno


Ana Maria

10.06.2025 14:22

Para o Psol o bom para os jovens e paeticipar de bailes funk com cantores envolvidos com o trafico. Que queimem no


Jose Diogo de Almeida

10.06.2025 14:12

Com certeza este "cara" da ONU que postou é aquelke que foi indicado por Lula ou Dilma há anos atras ... com certeza não é nada oficial, e nem estudado ... PSOL só po pensa neles, que se exploda os estudadantes ou povo.


Carlos Augusto Lins Brito Da Silva

10.06.2025 10:08

Esse partido de esquerda sempre contra a melhoria da Educação e a favor da imbecilidade dos jovens, em prol de um modelo para que não tenham consciência e ciência do que acontece ao seu redor. Aí vem a ONU se meter no que não deve. O que vai melhorar a vida das crianças e jovens é e sempre será a Educação.


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