Em meio à crise do PSDB em São Paulo, dirigentes do partido na capital paulista planejam realizar um ato em apoio à candidatura do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Segundo a Folha de S.Paulo, o movimento de “tucanos pró-Ricardo Nunes (MDB)” está previsto para acontecer em 19 de março.

O grupo, que inclui pessoas que eram próximas ao ex-prefeito Bruno Covas, morto em 2021, deseja evitar que a sigla lance candidato próprio ou declare apoio à pré-candidatura da deputada federal Tabata Amaral (PSB).

Tucanos paulistas contra Leite

Após o ex-presidente do PSDB e governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, dizer que o apoio ao emedebista, que se aliou a Jair Bolsonaro, destoa do projeto nacional do partido, a bancada de deputados estaduais da federação PSDB-Cidadania decidiu anunciar apoio à pré-candidatura de Nunes.

“Leite e seus asseclas querem demolir o projeto de Bruno Covas”, disse Fábio Lepique, secretário-executivo do gabinete de Ricardo Nunes, à Folha.

Para Lepique, Eduardo Leite tenta criar um palanque próprio na capital paulista para sustentar uma possível candidatura presidencial em 2026.

PSDB à deriva em SP

A executiva nacional do PSDB anulou a eleição que havia definido o ex-deputado Marco Vinholi como presidente do diretório estadual do partido em São Paulo.

A decisão foi tomada em reunião com 30 membros da cúpula na sexta-feira, 8 de março.

A oposição a Vinholi, encabeçada pelo ex-presidente estadual da sigla, o prefeito de Santo André, Paulo Serra, alega que membros do diretório estadual não haviam sido informados da reunião virtual que elegeu o agora presidente cassado.

Nos últimos três anos, o partido perdeu 139 prefeituras, indo de 180 a 41, enquanto se viu ultrapassado pelo PSD, como principal força territorial no estado, hoje com 329 prefeituras.

Em outubro, o então presidente nacional do PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, suspendeu nas eleições do diretório estadual do partido.

Ele alegou “manifestações de importantes lideranças partidárias”, dentre elas o ex-senador José Serra, preocupadas com o fraco desempenho do partido no estado e “a total ausência da mobilização partidária necessária à realização das convenções agregadoras e democráticas”.