A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu por seis vezes o arquivamento das investigações contra o então presidente Jair Bolsonaro e seu entorno, entre fevereiro e dezembro de 2022. Para os comandados de Augusto Aras (foto), as quebras de sigilo de investigados como o ex-ajudante de obras do presidente Mauro Cid eram ilegais e inconstitucionais.

Em janeiro último, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou mais quebras de sigilo de pessoas ligadas a Bolsonaro (que levaram à prisão de Cid), os procuradores já não se opuseram mais. Desde então, a PGR só se opôs às buscas contra Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle e as prisões de outros dois assessores do ex-presidente, relata a Folha de S.Paulo.

A procuradoria garantiu ao jornal que não mudou de posição. “A manifestação da PGR favorável ou desfavorável a medidas pleiteadas no curso de investigação pauta-se pela análise dos elementos contemporâneos produzidos nos autos. Da mesma forma, não significa postura de ratificação de qualquer ato que tenha sido praticado de forma irregular no curso de uma investigação”, argumentou a PGR em nota.

Convenceu?