A nova dor de cabeça do governo Lula com a CPI da Braskem
Relator da CPI, Rogério Carvalho (PT-SE), ameaça apresentar um pedido de busca e apreensão no Ministério de Minas e Energia
Apesar de integrar a base do governo Lula (PT), o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, Rogério Carvalho (PT-SE), afirmou nesta terça-feira, 19, que apresentará um pedido de busca e apreensão no Ministério de Minas e Energia. A pasta comandada por Alexandre Silveira não teria apresentado as informações solicitadas pelo colegiado que investiga o afundamento do solo em Maceió.
“Solicito dar um prazo de mais três dias [de prazo para a resposta] sob pena de a gente aprovar um requerimento de busca e apreensão no Ministério de Minas e Energia […] É inadmissível que o Ministério de Minas e Energia não passe informações”, disse o petista.
O petista alega que a CPI precisa ter acesso à documentação sobre as ações que foram desenvolvidas pela pasta no caso da Braskem para entender “o que foi ou não foi documentado”, antes e depois dos primeiros tremores registrados no solo em Maceió a partir de 2018. O colegiado aprovou ainda as convocações do diretor de Relações Institucionais do Grupo Novonor (ex-Odebrecht), Claudio Medeiros, e do ex-presidente da Braskem José Carlos Grubisich.
O afundamento de Maceió
Em novembro do ano passado, a prefeitura de Maceió decretou estado de emergência na cidade por 180 dias. À época, a causa era o risco iminente de colapso de uma mina da Braskem, localizada na região da lagoa Mundaú, no bairro do Mutange.
As minas localizadas na região são cavernas abertas pela extração de sal-gema durante décadas de mineração, mas que estavam sendo fechadas desde que o SGB (Serviço Geológico do Brasil) confirmou que a atividade realizada pela Braskem provocou o fenômeno geológico na região.
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