Desde o final do ano passado, Lula (foto) vem mantendo uma rotina de entrevistas para rádios de vários estados, às quintas-feiras pela manhã. Quem acompanha essas entrevistas, em geral com duração de uma hora, observa que ele às vezes tosse durante as conversas, ou parece forçar a voz. Nesta quinta (24), ele falou à rádio Super, da região metropolitana de Belo Horizonte, e teve dois momentos de tosse carregada.

Lula recebeu um diagnóstico de câncer na laringe em 2011, e precisou fazer 33 sessões de radioterapia para tratá-lo. Pelo histórico médico e pelos 76 anos de idade, a bateria de viagens, comícios, debates e entrevistas de uma campanha eleitoral podem representar um desafio. O Antagonista perguntou ao deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que é médico e próximo de Lula, se a garganta do pré-candidato inspirava alguma preocupação.

“A garganta e a saúde do presidente estão melhores que a de todos nós juntos”, disse Padilha. “O câncer que ele teve foi tratado com sucesso. Depois, foram cinco anos de acompanhamento sem que se detectasse nada de novo. Ele faz atividades físicas diárias, realizou um check up recentemente e está superbem.”

Em 2012, depois de encerrar a radioterapia que combateu o tumor na laringe, Lula precisou passar por consultas com uma equipe de fonoaudiologia para restaurar o volume e a nitidez da voz, e conseguir manter conversas mais alongadas. O Antagonista também perguntou a Padilha qual seria a rotina adotada por Lula para sua garganta aguentar a campanha.

“Os cuidados serão os normais de quem já fez muitas campanhas e participa o tempo todo de eventos. Ele está mais do que escolado e não vai ter problemas para enfrentar os compromissos”, disse ele.